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Governo de MS desiste de comprar Sputnik por causa de restrições da Anvisa

MS quer desistir da compra da vacina Sputnik devido aos prazos e condições de aquisição impostos pela Anvisa - Divulgação
MS quer desistir da compra da vacina Sputnik devido aos prazos e condições de aquisição impostos pela Anvisa Imagem: Divulgação

Daniel César

Colaboração para o VivaBem

20/07/2021 18h57

O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, afirmou hoje que o governo desistiu oficialmente de comprar doses da vacina Sputnik V contra a covid-19. A desistência aconteceu por causa das restrições determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em junho, a agência liberou a importação do imunizante sob condições controladas e em quantidades específicas.

Em entrevista ao site Campo Grande News, Resende alegou que as condições de compra são desfavoráveis. "O percentual [permitido] é insignificante. Só podemos comprar 1% para fazermos estudos, para depois verificar se é possível ampliar a compra", explicou.

Caso a Sputnik receba liberação para que seja usada em maior volume, o governo de MS acredita que a campanha de vacinação estará muito avançada. "Vamos acabar a imunização sem necessidade de compra, e o tempo de espera seria muito longo. O que adianta fazer a compra se vai ser entregue daqui 90, 120 dias? Não vai fazer diferença, porque hoje somos o estado que mais vacina", acrescentou o secretário.

A expectativa da equipe de Saúde do estado é ter vacinado toda a população adulta em MS até o fim de agosto.

"Temos a perspectiva de vencer a barreira no final do mês de agosto, que é a chamada imunidade de rebanho. 80% da população total vacinada com D1 e D2 [primeira e segunda doses], então do que adianta comprar uma quantidade ínfima, que demora a chegar? Isso não vai fazer diferença nenhuma no processo vacinal em Mato Grosso do Sul", completou.

Além de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Rondônia podem desistir de comprar as doses da Sputnik. Em contrapartida, o Consórcio Nordeste - composto por nove estados - vai importar 1,1 milhão de doses até o fim de 2021, usando a vacina em caráter "excepcional" e "temporário".