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Após filha de 7 meses desenvolver herpes, mãe alerta sobre beijos em bebês

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Imagem: kieferpix/iStock

Do VivaBem, em São Paulo

14/07/2021 10h49

Embora algumas mães e pais podem parecer restritivos demais quando não permitem que familiares beijem seus bebês, a medida é essencial para evitar que as crianças desenvolvam quadros como a herpes.

Apesar de rara, quando a condição afeta recém-nascidos, ela pode ser muito perigosa, causando problemas neurológicos duradouros no bebê ou até levá-lo à morte.

A blogueira Dany Santos, responsável pela página "Amor de Mãe", fez um alerta após sua filha de sete meses entrar o contato com o vírus e desenvolver os sintomas da herpes na face.

Segundo Mariane Franco, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), os pais devem, sim, pedir para que o bebê não seja beijado. "É muito comum a família beijar a boca do bebê e as mãozinhas. Isso é totalmente equivocado e deve ser evitado, pois é uma porta de entrada para doenças graves, como herpes, impetigo ou acne neonatal", alerta Franco.

Muita gente pode não ter sintomas, ou apenas lesões muito discretas, e mesmo assim passar o vírus para outras. É por isso que o herpes é tão prevalente na população.

"É possível, sim, que a pessoa transmita o vírus sem nunca ter tido lesão na vida, mas isso é raro", avisa o infectologista Rico Vasconcelos, médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e colunista do UOL VivaBem. O mais comum é que a transmissão ocorra quando a ferida está aberta.*

Se a pessoa portadora do vírus beijar uma criança, esta pode ficar muito doente, porque seu sistema imunológico não se desenvolveu o suficiente para combatê-lo.

O toque pode ser feito em outras partes do corpo, como testa, pés e barriga. Franco ressalta ainda que os pais só devem sair com os filhos na rua após 60 dias, quando estiverem com as primeiras vacinas em dia.

"Não é errado ou indelicado pedir que algum parente lave as mãos com sabão ou passe álcool em gel antes de pegar a criança", explica Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, infectologista e gerente do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Sabará. "Parece uma exigência chata, mas muitas doenças são transmitidas pelo contato e, se não forem cuidadas de forma rápida, podem levar ao óbito."

Outro agravante é o contato com pessoas que tiveram algum tipo de gripe ou resfriado nos últimos dias. O ideal é evitar qualquer tipo de visita, tanto na maternidade quanto em casa, se você estiver com essas doenças ou permaneceu com alguém que estava com o problema.

Informações da reportagem de Tatiana Pronin, publicada em 28/08/2018