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Grávida que tomou 1ª dose da AstraZeneca não deve mudar na 2ª, diz Saúde

Alerta foi dado pelo ministro Marcelo Queiroga; gestantes devem aguardar passagem da fase pós-parto - iStock
Alerta foi dado pelo ministro Marcelo Queiroga; gestantes devem aguardar passagem da fase pós-parto Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

08/07/2021 12h34Atualizada em 08/07/2021 14h08

O Ministério da Saúde disse hoje que as gestantes que, por ventura, tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19, não devem buscar tomar um imunizante diferente na segunda aplicação contra o novo coronavírus.

Segundo a pasta, gestantes que tomaram a primeira dose da vacina da farmacêutica anglo-sueca devem aguardar a passagem do puerpério (fase pós-parto) para receber, normalmente, a segunda dose do imunizante.

"A intercambialidade (primeira dose de um fabricante a segunda de outro) não está autorizada, seja em grávidas ou em não grávidas", disse Marcelo Queiroga, ministro da pasta, em entrevista coletiva concedida no fim da manhã de hoje.

Como argumento, o chefe da Saúde afirmou que ainda estão sendo realizados estudos científicos sobre a eficácia da intercambialidade de vacinas.

Queiroga ainda pediu que estados e municípios não autorizem a intercambialidade para as gestantes que tomaram a primeira dose contra a covid-19 com o imunizante da AstraZeneca.

No final de junho, a Prefeitura do Rio autorizou a aplicação da segunda dose da vacina contra covid-19 com o imunizante da Pfizer para gestantes que haviam tomado o produto da AstraZeneca na primeira dose.

"É claro que as secretarias municipais e estaduais têm sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite (comissão formada pelas instâncias municipais, estaduais e federal para gerir o SUS, o Sistema Único de Saúde)", pontuou.

Janssen vetada

Queiroga também reiterou que a vacina da Janssen, que protege contra a covid-19 com apenas uma única dose, não deve ser utilizada para a imunização de grávidas e puérperas, já que ela possui a mesma tecnologia do produto da AstraZeneca.

Sendo assim, as únicas vacinas disponíveis para a vacinação de grávidas e puérperas no Brasil são a da farmacêutica americana Pfizer e a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e que, no Brasil, conta com parceria do Instituto Butantan.

O uso da vacina da AstraZeneca em gestantes e puérperas com comorbidades foi suspenso pelo Ministério da Saúde no início de maio, após recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A decisão da pasta veio após a morte de uma gestante que havia recebido o imunizante no Rio de Janeiro, que posteriormente se confirmou como decorrente de uma reação da vacina de origem anglo-sueca.

Segundo dados apresentados pela secretária de Enfrentamento à Covid-19 da pasta, Rosana Leite de Melo, por ora, a morte da grávida no RJ é a única confirmada como decorrente de alguma vacina contra o novo coronavírus.

Até hoje, no Brasil, 313 mil mulheres receberam ao menos uma dose contra a covid-19 em período gestacional, de acordo com a apresentação. Destas, 48,2 mil chegaram a tomar a vacina da AstraZeneca.