Butantan antecipa entrega de 100 milhões de doses a Saúde, anuncia Doria

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que o Instituto Butantan irá antecipar em 30 dias a entrega de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac ao PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde.

Segundo o tucano, o contrato estabelecia que fossem entregues as doses complementares até o dia 30 de setembro e que, ao todo, mais de 53 milhões de doses foram enviadas ao PNI. As vacinas serão entregues até o final de agosto.

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Em entrevista ao UOL, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o ministério da Saúde pediu mais 30 milhões de doses de CoronaVac em um novo acordo, mas que o laboratório não respondeu pois estará privilegiando contratos com outros países.

O governador também afirmou que o calendário de vacinação no estado será antecipado com a compra de 4 milhões de doses extras da CoronaVac. Segundo Doria, a medida não irá interferir no contrato do Butantan com o Brasil.

O governo do estado de São Paulo compra 4 milhões de doses extra da CoronaVac para a campanha de imunização do estado. O estado de São Paulo é responsável por praticamente 50% da vacinação do Brasil, e agora começa a ampliar a imunização. Prometi e, agora, estamos cumprindo. O governo de SP adquiriu diretamente do laboratório SinoVac 4 milhões de doses da vacina CoronaVac."
João Doria, governador de SP

O contrato, explicou, foi negociado diretamente com o laboratório Sinovac, cujo vice-presidente esteve no estado durante a última semana. Com isso, anunciou a antecipação da vacinação em São Paulo "sem interferir no contrato do Butantan com o Brasil".

"Por aqui, estamos acelerando", afirmou o governador, que em suas campanhas eleitorais, usava o slogan: "Acelera SP!".

Nesse primeiro momento, são 4 milhões de doses, com a primeira carga, de 2 milhões de doses, sendo recebida nas próximas horas."
Jean Gorychtein, secretário estadual de Saúde

"Temos feito desde meados do mês passado um enorme esforço para recuperar os cronogramas que haviam sido apresentados ao Ministério da Saúde", ressaltou o presidente do Butantan, Dimas Covas.

No começo de abril, tínhamos a previsão de terminar o contrato de 100 milhões em agosto. Houve aqueles atrasos nas remessas de matéria-prima e tivemos que fazer a revisão. Agora, em junho, tivemos a noticia da regularização do fornecimento de matéria-prima, e isso nos permite prever a conclusão do contrato até o final de agosto."
Dimas Covas, presidente do Butantan

Além das 100 milhões de doses, o laboratório paulista tem contratada a produção de outros 60 milhões, adicionais. "Esperamos receber o quantitativo de matéria-prima em agosto e em setembro. Portanto, vamos avançar na produção de vacinas e vamos ajudar o Brasil e os países vizinhos a conterem a pandemia", completou.