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Covid: com 1.631 novas mortes, Brasil completa uma semana de queda na média

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Imagem: iStock

Carolina Marins e Ricardo Espina

Do VivaBem e colaboração para o VivaBem, em São Paulo

03/07/2021 18h31

O Brasil registrou hoje 1.631 novas mortes por covid-19, totalizando 523.699 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com isso, o país completa uma semana com tendência de queda na média móvel de mortes. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Pelo quarto dia consecutivo, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.600. Foram 1.554 mortes em média nos últimos sete dias, o que indica uma queda de 25% na comparação com 14 dias atrás.

Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.

Embora esteja em queda há uma semana, esse índice continua alto e está acima de 1.000 há 164 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.

Média móvel de mortes 3/7 - UOL - UOL
Média móvel de mortes 3/7
Imagem: UOL

Também foram registrados 54.101 novos casos de infecção pelo coronavírus desde as 20h de ontem. O total de infecções desde o começo da pandemia chegou a 18.740.486.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Pela segunda vez seguida, as cinco regiões do país registraram tendência de queda: Centro-Oeste (-18%), Nordeste (-32%), Norte (-24%), Sudeste (-17%) e Sul (-39%).

Além disso, o país teve hoje o maior número de estados em queda desde meados de maio: foram 17 mais o Distrito Federal. Outros nove tiveram estabilidade. Pelo quarto dia consecutivo, nenhum estado registrou alta.

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado neste sábado (3), o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 1.635 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 523.587 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 54.556 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando para 18.742.025 o total de infectados desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, 17.033.808 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.184.630 em acompanhamento.

Média móvel por estado 3/7 - UOL - UOL
Média móvel por estado 3/7
Imagem: UOL

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-13%)

  • Minas Gerais: queda (-17%)
  • Rio de Janeiro: queda (-31%)
  • São Paulo: estável (-12%)

Região Norte

  • Acre: queda (-44%)
  • Amazonas: estável (-13%)
  • Amapá: queda (-31%)
  • Pará: queda (-27%)
  • Rondônia: queda (-47%)
  • Roraima: estável (0%)
  • Tocantins: estável (5%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (5%)
  • Bahia: queda (-21%)
  • Ceará: queda (-54%)
  • Maranhão: estável (-12%)
  • Paraíba: queda (-42%)
  • Pernambuco: queda (-26%)
  • Piauí: queda (-25%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-28%)
  • Sergipe: queda (-42%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-24%)
  • Goiás: queda (-19%)
  • Mato Grosso: estável (-10%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-21%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-52%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-16%)
  • Santa Catarina: estável (-14%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.