Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Prefeitura rebate gestão Doria e diz que pediu mais vacinas no sábado

Segundo Ricardo Nunes, governo estadual foi avisado no sábado que as doses de vacina contra a covid-19 estavam acabando na capital paulista - Divulgação/Governo de São Paulo
Segundo Ricardo Nunes, governo estadual foi avisado no sábado que as doses de vacina contra a covid-19 estavam acabando na capital paulista Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

Leonardo Martins

Do VivaBem, em São Paulo

22/06/2021 10h05Atualizada em 22/06/2021 11h39

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse hoje que o governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), foi avisado no sábado à noite, às 19h36, que as doses de vacina contra a covid-19 estavam acabando na capital paulista.

Nunes rebateu a declaração do secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn. Em entrevista à TV Globo também hoje, ele afirmou que o estado foi comunicado só ontem às 18h sobre a falta de imunizantes.

Nunes, no entanto, disse que enviou uma mensagem via WhatsApp no sábado à noite à coordenadora do Plano Estadual de Vacinação, Regiane de Paula. Ele conferiu a mensagem de texto em frente aos jornalistas durante uma entrevista coletiva ao final de uma visita ao hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte da capital.

No domingo, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, ainda disse que se reuniu com o secretário-executivo da Saúde do estado, Eduardo Ribeiro, responsável pela logística de envio de vacinas em São Paulo, para tratar do assunto.

"Avisamos no sábado que chegamos a 59 mil doses [em estoque] e precisaríamos de vacina no final de semana para dar prosseguimento. O secretário Jean disse que providenciaria as vacinas", declarou Aparecido.

O prefeito de São Paulo colocou a culpa da falta de doses no cansaço dos gestores públicos.

"Com certeza absoluta foi um mal-entendido, o secretário Jean se expressou mal. Mas não procede. Assim que escutei a matéria mandei WhatsApp para ele com alguns prints [das conversas]. Não há culpados, todos estão cansados, ocupados", disse Nunes.

Diante dessa escassez, o governo paulista irá enviar 186 mil doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, para aplicação de primeira dose em pessoas que não foram imunizadas, além de 30 mil doses da vacina Astrazeneca, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), para aplicação de segunda dose. A ideia da prefeitura é vacinar 181 mil pessoas de 49 anos amanhã, conforme noticiou a Folha de S. Paulo.

Desde o início da manhã, a capital tem recebido essas doses de vacina do governo de São Paulo. Vacinas da Janssen, que chegaram hoje ao Brasil, também serão enviadas até amanhã para a cidade de São Paulo, segundo o secretário Edson Aparecido. O Ministério da Saúde, porém, não confirmou essa entrega.

Nunes também negou que as antecipações do calendário de vacinação pelo governo Doria estão atrapalhando a logística de vacinação na capital. "Está alinhado com a capital, nós por uma questão de logística fizemos o escalonamento de idades, de 50 a 59, era um milhão e meio de pessoas".

Para Nunes, o apagão de vacinas foi um problema aceitável. "É aceitável que em algum momento tenha tido algum problema, que não é grave".