SE: MPF pede retorno urgente de vacinação de grávidas sem comorbidades
O MPF (Ministério Público Federal) entrou com ação para obrigar a União e o estado de Sergipe a retomarem, em 48 horas, a vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades.
No dia 7 de maio, a Fiocruz notificou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) da suspeita de um grave acidente vascular cerebral hemorrágico em uma gestante, com óbito do bebê, após a imunização com a vacina AstraZeneca.
Depois do ocorrido, a Anvisa recomendou ao Ministério da Saúde, como medida de precaução, que suspendesse a vacinação de grávidas com AstraZeneca.
Com a recomendação, o Ministério da Saúde, seguido pelo Governo do Estado de Sergipe, resolveu continuar a vacinação apenas para gestantes e puérperas com comorbidades, desde que não fosse utilizada a AstraZeneca, excluindo as mulheres nessas condições, sem comorbidades.
Para o MPF, mesmo com o ocorrido após o uso da AstraZeneca, não justifica a interrupção da imunização dessas mulheres com as demais vacinas disponíveis, como Pfizer e Sinovac.
Segundo a ação do MPF, a sexta edição do PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação) apresentou como necessária a inclusão de gestantes e puérperas nos grupos prioritários, por esse público apresentar maior risco para a contaminação da covid-19, além de estar sujeito a complicações obstétricas, como parto prematuro, óbito fetal e abortamento.
Por outro lado, a 7ª edição do PNO trouxe a exclusão de gestantes e puérperas do grupo prioritário, unicamente, motivada pela ocorrência de um possível evento adverso grave associado à vacina AstraZeneca, sem que houvesse qualquer ressalva para a continuidade da vacinação com os imunizantes Sinovac e Pfizer.
O MPF considerou a decisão de suspender as vacinas da Pfizer e da Sinovac para gestantes e puérperas sem comorbidades sem fundamento, pois não segue a orientação dada pela Anvisa.
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