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Nova remessa com 936 mil vacinas da Pfizer chega hoje ao Brasil

Remessa da vacina da Pfizer e BioNTech chega hoje em São Paulo - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Remessa da vacina da Pfizer e BioNTech chega hoje em São Paulo Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o VivaBem

09/06/2021 09h46Atualizada em 09/06/2021 14h39

O décimo lote de vacinas contra covid-19 da farmacêutica americana Pfizer chega hoje ao Brasil. A nova remessa conta com 936 mil doses e será recebida no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Este é o segundo envio da semana — ontem o país recebeu 526,5 mil doses e amanhã chegam mais 936 mil, totalizando o envio de 2,4 milhões vacinas.

Até o momento, o Brasil recebeu 6,4 milhões de doses do imunizante — os dois contratos fechados com a farmacêutica preveem um total de 200 milhões de doses até o fim deste ano.

Confira o quantitativo de vacinas entregues pela Pfizer:

  • 29/04: 1 milhão de doses
  • 05/05: 628.290 mil doses
  • 12/05: 628.290 mil doses
  • 19/05: 629.460 mil doses
  • 26/05: 629.460 mil doses
  • 01/06: 936 mil doses
  • 02/06: 936 mil doses
  • 03/06: 527.670 mil doses
  • 08/06: 526.500 mil doses

Recusa do governo federal

Em novembro, a Pfizer tentou dar início às negociações sobre a venda da vacina ao país. No entanto, o Ministério da Saúde ignorou cerca de 53 emails com informações sobre o plano vacinal da farmacêutica para o Brasil. O CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo confirmou, em seu depoimento na CPI da covid que, enquanto o governo ignorava as ofertas, a empresa enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ministros de estado para pedir mais rapidez nas negociações e se colocar à disposição. Esse documento ficou dois meses parado, sem resposta.

Caso um dos acordos tivesse sido fechado, segundo estimativa do depoente, o país teria recebido até o segundo trimestre de 2021 cerca de 18,5 milhões de doses. As primeiras remessas teriam chegado em dezembro do ano passado, de acordo com o cronograma inicial.

A Pfizer reclamou publicamente e informou que não pediria à Anvisa (Agência Nacional Vigilância Sanitária) o uso emergencial. Com os entraves do ministério, o acordo só foi efetivamente concretizado em março deste ano, um mês depois de a Anvisa aprovar o registro definitivo do imunizante. O desfecho ocorreu sob críticas ao trabalho do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que acabou demitido.