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Quem já pode ser vacinado? Veja calendário atualizado de vacinação em SP

Veja o calendário de vacinação em São Paulo - Juranir Badaró/Futura Press/Estadão Conteúdo
Veja o calendário de vacinação em São Paulo Imagem: Juranir Badaró/Futura Press/Estadão Conteúdo

Nicole D'Almeida

Colaboração para VivaBem

07/06/2021 14h29Atualizada em 17/05/2022 18h18

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou recentemente um novo calendário de vacinação contra a covid-19 com o objetivo de vacinar toda a população adulta do estado até o dia 31 de outubro.

Entretanto, o cronograma depende da chegada de remessas de vacinas do governo federal, sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Ou seja, as datas podem ser tanto antecipadas como postergadas.

É importante lembrar que as datas são as previsões para aplicação da primeira dose da vacina —a maioria dos imunizantes em aplicação no país depende de duas doses para gerar efeito duradouro contra a covid-19. A data da aplicação da segunda dose varia entre diferentes vacinas e está descrita no cartão de vacinação recebido após a primeira dose.

O calendário estabelecido abaixo é do governo do estado. Cada cidade pode fazer adequações com base na sua realidade local —algumas, por exemplo, fracionaram os grupos por idade - como é o caso da vacinação na cidade de São Paulo. Você pode conferir no site da prefeitura de sua cidade os grupos vacinados no momento.

Calendário de vacinação do Estado de São Paulo

De acordo com o plano de vacinação do estado de São Paulo, os próximos grupos etários devem ser vacinados nas seguintes datas:

  • 23 a 29 de junho: 43 a 49 anos
  • 30 de junho a 14 de julho: 40 a 42 anos
  • 15 de julho a 29 de julho: 35 a 39 anos
  • 30 de julho a 15 de agosto: 30 a 34 anos
  • 16 a 31 de agosto: 25 a 29 anos
  • 1 a 15 setembro : 18 a 24 anos

Até o momento, já foram vacinados os seguintes grupos:

  • 17 de janeiro: Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas
  • 8 de fevereiro: 90 anos ou mais
  • 12 fevereiro: 85 a 89 anos
  • 27 de fevereiro: 80 a 84 anos
  • 3 de março: 77 a 79 anos
  • 15 de março: 75 a 76 anos
  • 19 de março: 72 a 74 anos
  • 26 de março: 69 a 71 anos
  • 02 de abril: 68 anos
  • 05 de abril: Profissionais de segurança pública e administração penitenciária
  • 10 de abril: Profissionais da educação (a partir de 47 anos)
  • 12 de abril: 67 anos
  • 21 de abril: 65 a 66 anos
  • 23 de abril: 64 anos
  • 29 de abril: 63 anos
  • 06 de maio: 60 a 62 anos
  • 10 de maio: Síndrome de Down, pacientes em terapia renal substitutiva e transplantados imunossuprimidos (18 a 59 anos)
  • 11 de maio: Pessoas com deficiência permanente (55 a 59 anos), metroviários e ferroviários
  • 12 de maio: Pessoas com comorbidades (55 a 59 anos)
  • 14 de maio: Pessoas com deficiência permanente e pessoas com comorbidades (50 a 54 anos)
  • 17 de maio: Grávidas e puérperas com comorbidades (acima de 18 anos)
  • 18 de maio: Motoristas e cobradores de ônibus
  • 21 de maio: Pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente (45 a 49 anos)
  • 28 de maio: Pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente (40 a 44 anos) e profissionais do transporte aéreo
  • 01 de junho: Profissionais do transporte portuário
  • 02 de junho: Pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente (30 a 39 anos)
  • 07 de junho: Pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente (18 a 29 anos)
  • 09 de junho: Profissionais da educação (45 e 46 anos)
  • 11 de junho: Profissionais da educação (entre 18 e 44 anos)
  • 16 de junho a 22 de junho: 50 a 59 anos

Quais são as comorbidades para tomar vacina?

As comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde são:

  • Doenças Cardiovasculares
  • Insuficiência cardíaca (IC)
  • Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
  • Cardiopatia hipertensiva
  • Síndromes coronarianas
  • Valvopatias
  • Miocardiopatias e Pericardiopatia
  • Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
  • Arritmias cardíacas
  • Cardiopatias congênitas no adulto
  • Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
  • Diabetes mellitus
  • Pneumopatias crônicas graves
  • Hipertensão arterial resistente (HAR)
  • Hipertensão arterial - estágio 3
  • Hipertensão arterial - estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
  • Doença Cerebrovascular
  • Doença renal crônica
  • Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
  • Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
  • Obesidade mórbida
  • Cirrose hepática

Quem não pode se vacinar

As pessoas que não podem tomar a vacina são as seguintes:

  • Menores de 18 anos: crianças, adolescentes e jovens não-adultos não podem ser vacinados por não haver testes de segurança nestas faixas etárias ainda. Os estudos para esses grupos foram iniciados posteriormente pelo foco dos cientistas inicialmente ser voltado ao grupo mais atingido pela doença.
  • Quem tiver contraindicações aos componentes da vacina: se você tem alergia ou hipersensibilidade grave ao princípio ativo ou a qualquer componente da vacina não deve ser vacinado. Se você teve alguma reação alérgica grave confirmada após a primeira dose de uma vacina contra covid-19, também não pode se vacinar.

O que levar para se vacinar

Antes de tudo, o governo solicita que um pré-cadastro seja feito para evitar mais filas e aglomerações. Para isso, basta acessar o site Vacina Já ou pelo WhatsApp http://wa.me/5511952202923?text=oi.

Feito isso, no dia de sua faixa etária leve os seguintes documentos:

  • Documento de identificação (RG ou CPF)
  • Os grupos especiais também devem apresentar documentos médicos (contendo o CRM do médico) sobre sua condição de saúde. São eles: exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.
  • Profissionais da educação devem apresentar também o comprovante VacinaJá Educação
  • Já para a segunda dose, você deve levar o comprovante de vacinação recebido no dia de sua primeira dose. Dessa forma, o profissional de saúde verificará a vacina aplicada e se o intervalo de tempo de aplicação entre as duas doses está correto.

Vale lembrar que mesmo se você já teve covid-19 é importante que se imunize com a vacina. Entretanto, é recomendado que aguarde pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que assintomático (sem sintomas).

Vacinas utilizadas no Brasil

Até o momento estão sendo aplicadas três tipos de vacinas contra a covid-19 no Brasil: CoronaVac (Butantan/Sinovac), Covishield (Fiocruz/AstraZeneca/Oxford) e Comirnaty (Pfizer/BioNTech). Veja abaixo as particularidades de cada uma delas.

  • CoronaVac (Sinovac/Butantan)

Fabricante: desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Como é feita: com o vírus vivo inativado do Sars-CoV-2.

Eficácia: de acordo com estudos, a vacina tem 50,7% de eficácia em prevenir infecções sintomáticas, mas tem se mostrado altamente eficaz contra casos graves e mortes.

Reações adversas: os sintomas mais comuns são dor no local da aplicação e dor de cabeça, mas febre, diarreia, náuseas e cansaço também podem ocorrer. Hematomas no local, diminuição de apetite e vômito são sintomas mais raros.

Intervalo entre doses: são duas doses com um intervalo de duas a quatro semanas entre uma dose e outra.

  • Covishield (Fiocruz/AstraZeneca/Oxford)

Fabricante: desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Para envasar as doses no Brasil, um acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi feito.

Como é feita: por meio de um vetor viral.

Eficácia: de acordo com estudos, a vacina tem cerca de 70% de eficácia, variando entre 62% e 90%. Dados de vida real recém-divulgados pelo governo britânico apontam para 90% de proteção após as duas doses.

Reações adversas: os sintomas mais comuns são dor, calor, coceira e hematomas no local. 20% dos imunizados com esta vacina sentem febre, dor no corpo, mal-estar e cansaço por até 48 horas. Há ainda a ocorrência de raríssimos coágulos sanguíneos graves, associados à queda de plaquetas no sangue.

Intervalo entre doses: são duas doses com um intervalo de quatro a 12 semanas entre uma dose e outra. No caso de gestantes que tomaram a primeira dose, devem esperar o fim da gravidez para receber a segunda dose.

  • Comirnaty (Pfizer/BioNTech)

Fabricante: desenvolvida pela Pfizer e BioNTech.

Como é feita: por RNA mensageiro.

Eficácia: 95% de eficácia em prevenir infecções sintomáticas

Reações adversas: os sintomas mais comuns são dor e inchaço no local, além de cansaço, dor de cabeça e nas articulações, febre, calafrios e diarreia. Entre os sintomas mais raros estão: hipersensibilidade, como erupções e coceiras na pele e inchaço dos gânglios linfáticos.

Intervalo entre doses: são duas doses com um intervalo maior ou igual a 21 dias.

Outras quatro vacinas devem chegar ao Brasil nos próximos meses: a russa Sputnik V (Instituto Gamaleya), a Moderna, a da farmacêutica Janssen (do grupo Johnson & Johnson) e a indiana Covaxin.

  • Sputnik V

Assim como a vacina da AstraZeneca, a Sputnik V é feita por meio de vetor viral e tem eficácia de 91,6% contra o vírus em pessoas sintomáticas. Nela também exige-se duas doses.

  • Moderna

A vacina da farmacêutica Moderna também usa a tecnolodga de RNA mensageiro, assim como a da Pfizer. Sua eficácia é de 94,1% na prevenção da Covid-19. É preciso tomar duas doses da vacina.

  • Janssen

A vacina produzida pela farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, é feita por vetores de adenovírus e tem 66% de eficácia e 87% contra as formas graves da variante brasileira. Diferente das outras, esta vacina necessita somente de uma dose.

  • Covaxin

Produzida pela empresa indiana Bharat Biotech em parceria com o Instituto Nacional de Virologia e o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, a Covaxin é feita com o vírus inativado, assim como a Coronavac. A vacina está sendo testada em duas doses com um intervalo de 28 dias entre elas.