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Covid-19: Reinfecção pode ser mais grave mesmo sem variantes, diz estudo

Reinfecção de pessoas que tiveram covid-19 pode ocorrer mesmo sem ser pelas novas cepas da doença - Karen Fontes/Código19/Estadão Conteúdo
Reinfecção de pessoas que tiveram covid-19 pode ocorrer mesmo sem ser pelas novas cepas da doença Imagem: Karen Fontes/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

05/04/2021 13h14Atualizada em 05/04/2021 14h26

A reinfecção de pessoas que contraíram a covid-19 e ficaram assintomáticas ou tiveram sintomas leves é possível de ocorrer, mesmo que não tenham sido contaminadas por uma das novas cepas do vírus.

Os dados são resultado de uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Indor (Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa). O estudo é uma amostra pré-publicada, que ainda não foi revisada por outros pesquisadores da área.

De acordo com a pesquisa, as reinfecções foram mais agressivas, com cargas virais mais altas e quadros clínicos sintomáticos. As informações preliminares vão na contramão de informações que alegavam que as reinfecções só poderiam ocorrer pelas novas variantes como a P.1, a B.1.1.9, do Reino Unido e a B.1351, de origem na África do Sul.

"Nossa descoberta de que pessoas com covid-19 leve podem ter controlado a replicação do Sars-Cov-2 sem desenvolver imunidade humoral detectável sugere que a reinfecção é mais frequente do que se supõe, mas essa hipótese não está bem documentada", alega o estudo conjunto.

Os pesquisadores reforçaram que as novas ondas da pandemia em diferentes países do hemisfério norte e sul fornecem evidências de que a "imunidade de rebanho" pode não ter sido totalmente alcançada e que novas variantes podem escapar da resposta à infecção natural.

A pesquisa acompanhou de março a dezembro de 2020 um grupo de 30 participantes semanalmente, independentemente de quaisquer sintomas, para detecção da covid-19 por RT-PCR.

Pandemia no Brasil

O Brasil contabilizou 12.983.560 casos e 331.530 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com o levantamento realizado pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel de mortos até ontem era de 2.747. O número, se comparado com a média de 14 dias atrás, teve uma evolução de 20%, com tendência de alta de mortes pelo vírus.