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Sem tempo de chegar na maternidade, mãe dá à luz em pronto-atendimento

A paciente Vanessa Almeida Silveira, 40, seu marido Cícero e seu filho Gael com a equipe do Hospital Marcelino Champagnat - Hospital Marcelino Champagnat/Divulgação
A paciente Vanessa Almeida Silveira, 40, seu marido Cícero e seu filho Gael com a equipe do Hospital Marcelino Champagnat Imagem: Hospital Marcelino Champagnat/Divulgação

Giulia Granchi

Do VivaBem, em São Paulo

10/03/2021 15h07

Em tempos nada fáceis para profissionais de saúde, a equipe do Hospital Marcelino Champagnat, na capital paranaense, que não tem maternidade, se emocionou com o nascimento de um bebê no pronto-atendimento.

"Estava acompanhando Vanessa no pré-natal e quando nos encontramos para uma consulta no dia anterior, ela ainda estava sem dilatação. No dia seguinte, me ligou dizendo estar com um pouco de desconforto. Quando sugeri que ela fosse para o hospital, ela disse que não sentia que estava na hora e pediu para ser avaliada por mim", explicou Christiane Ribas Berger, ginecologista e obstetra.

Vanessa seguiu para o hospital e como a ginecologista ainda não tinha chegado, foi atendida primeiro pelo obstetra Rodrigo Berger, marido da médica. Na avaliação, a equipe descobriu que Vanessa já estava com nove centímetros de dilatação, largura considerada como dilatação total.

Vanessa com Cícero, seu marido, e o pequeno Gael - Hospital Marcelino Champagnat/Divulgação - Hospital Marcelino Champagnat/Divulgação
Vanessa com Cícero, seu marido, e o pequeno Gael
Imagem: Hospital Marcelino Champagnat/Divulgação

"O que estava segurando era a bolsa amniótica, que ainda não tinha rompido. Ele cogitou ir com a paciente para a maternidade, mas aí percebeu que o bebê nasceria em poucos minutos. Chamaram uma ambulância, mas o carro demorou para chegar. Tudo aconteceu muito rápido", lembra Christiane Berger, que chegou ao hospital logo após a consulta.

Com a mobilização da equipe, o centro cirúrgico e diferentes profissionais se disponibilizaram para a chegada do pequeno Gael. "Tivemos enfermeiras, anestesista e pediatra. Ao todo, cerca de 10 pessoas na sala. Graças a eles, o parto de emergência foi bem-sucedido", diz a médica.

A ginecologista avalia que o nascimento trouxe esperança para a equipe médica. "Estamos muito cansados, chateados e tristes, perdendo pessoas e tantos entes queridos por causa da covid-19. No meio de toda essa confusão ver um pingo de gente, muito fofo, nascendo, nos reconforta. Sentimos gratidão e honra por participar desse momento tão especial", celebra.

A mãe e a criança foram encaminhados para o Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças e estão bem.