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50% das mulheres reclamam de atenção que médicos dão às queixas de dores

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

07/03/2021 13h32

Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, em parceria com o Blog Dor Crônica, revelou que 50% das mulheres reclamam da valorização que o médico dá às suas queixas de dor. Além disso, 75,5% das insatisfeitas reconhecem que o especialista se preocupa com a doença, mas dá pouca atenção aos relatos de incômodos.

O estudo, chamado de "Percepção do atendimento médico prestado às mulheres com dor crônica", foi realizado com 1.022 mulheres, de 18 a 78 anos. As participantes responderam um questionário online e os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2020.

Os resultados ainda mostraram que 86% das mulheres sentem dor há mais de seis meses; 62%, relatam alta intensidade de dor; e quase um terço, 29,4%, sentem dor intensa, sem ter essa condição "legitimada" pelo médico.

"Mesmo a proporção feminina da população impactada pela dor crônica ser o dobro da masculina, as mulheres não são tão eficazmente bem atendidas quanto os homens", afirma Julio Troncoso, criador do blog e responsável pela nova pesquisa.

Estudo já tentou explicar motivos das dores

A ciência mostra que as mulheres sempre sentiram mais do que os homens, principalmente quando se trata de incômodos que não têm explicações, ou melhor, dores que existem sem que a pessoa tenha algum tipo de lesão, como as enxaquecas.>

Mas em fevereiro de 2020, um estudo publicado no periódico Science Translational Medicine mostrou que talvez o hormônio prolactina pode ser o motivo. Conhecida por promover a lactação em mulheres grávidas, a prolactina também se eleva com estresse, uso de tranquilizantes, antidepressivos, anti-hipertensivos e narcóticos. Mas os cientistas repararam que, no caso do estresse, por exemplo, ele libera prolactina e inesperadamente promove a dor seletivamente em mulheres.

Segundo os cientistas, novas terapias direcionadas ao sistema desse hormônio seriam mais úteis às mulheres que sofrem com dores.

Principais causas

Frank Porreca, um dos autores do estudo que analisou o papel da prolactina, elencou algumas dores que costumam ser mais comuns em mulheres do que em homens. "Quando você soma todas essas mulheres com dor, isso proporcionaria um impacto enorme e importante nos cuidados médicos", alerta o professor de farmacologia. Veja a lista a seguir: