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Estresso-me por qualquer coisa, quero quebrar tudo; como parar com isso?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

15/12/2020 04h00

Resumo da notícia

  • O primeiro ponto é identificar o que causa esse estresse e buscar maneiras para evitar que a situação leve ao nervosismo
  • É importante, entretanto, tomar cuidado para não generalizar: pode ser que alguma atividade específica do trabalho cause raiva, mas não a função em si
  • Será o psiquiatra ou o psicólogo, ou até mesmo os dois juntos, que ajudará a encontrar o que está causando o estresse
  • É importante levar em consideração o momento atual, de pandemia e reclusão, que também tem gerado preocupação, estresse, medo e insegurança

É preciso identificar o que está levando a esse estresse todo. Os chamados aspectos estressores são todas as coisas do nosso dia a dia que impulsionam esse sentimento, seja na vida profissional seja na pessoal. É tudo aquilo que nos tira a tranquilidade e altera nossos sentimentos. E é importante tomar cuidado para não generalizar. Por exemplo, nem sempre é o seu trabalho que o estressa, mas sim algumas atividades da função. Por isso, é fundamental descobrir quais são esses afazeres e buscar maneiras para modificá-los em longo prazo.

O psicólogo ou o psiquiatra —ou os dois juntos — podem ajudá-lo nesse processo de identificar os momentos e ações do dia que desencadeiam o estresse. Então, marque uma consulta o mais breve possível.

Também vale lembrar que o momento em que vivemos tem gerado muitas reações de estresse, preocupação, medo e insegurança. Esses sentimentos, quando apresentados rotineiramente, podem levar a pessoa a ter um rompante de raiva pela insatisfação com o padrão de vida limitado, recluso e isolado socialmente ao qual estamos sujeitos.

Por isso, em paralelo à ajuda profissional, é possível tomar algumas atitudes que podem contribuir na redução do estresse:

1. Busque por atividades de lazer: tente encontrar algum hobby, por exemplo. Isso fará com que você tenha mais disposição para enfrentar os desafios da rotina.
2. Evite excessos: é importante identificá-los e ir diminuindo aos poucos. O fundamental é buscar um equilíbrio em tudo o que você faz. Essa é uma ótima maneira de controlar o estresse.
3. Invista em um exercício físico: quando realizamos alguma atividade, nosso organismo libera hormônios que dão a sensação de prazer, como a serotonina. Além disso, o exercício diminui a liberação de cortisol, que é conhecido como o hormônio do estresse.
4. Mude a forma de pensar: transforme a maneira como está lidando com as responsabilidades do dia a dia. Saia do automático e encontre pontos de vista diferenciados. Para isto, será preciso refletir e perceber como você encara as suas atividades e buscar maneiras diferenciadas para modificar esta visão.

Com estas dicas, que vão desde mudanças internas (de pensamento), como externas (comportamentos), é possível conseguir controlar melhor o estresse e evitar que ele prejudique a rotina, contribuindo para que se tenha uma melhor qualidade de vida.

Fontes: Lívia Beraldo de Lima Basseres, psiquiatra e mestre em psiquiatria pelo IPq-FMUSP (Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Luiz Scocca, psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e membro da APA (Associação Americana de Psiquiatria); Sofia Débora Levy, psicóloga clínica e autora do livro "Por Dentro do Trauma: a Perversidade no Holocausto e na Contemporaneidade" (Letra Capital, 2018); Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em neurociência do comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio).

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