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AstraZeneca muda planos e não testará vacina em crianças no Reino Unido

Ampolas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca com a Universidade de Oxford - Divulgação
Ampolas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca com a Universidade de Oxford Imagem: Divulgação

Do VivaBem, em São Paulo

14/12/2020 18h16

O laboratório AstraZeneca, que desenvolve a vacina de Oxford, decidiu desistir por enquanto do seu plano de testar crianças em seus estudos clínicos no Reino Unido. Desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, o imunizante contra a covid-19 tinha a previsão de ser testado em crianças com mais de cinco anos de idade, desde que com autorização dos pais.

Segundo informações da agência Reuters, a AstraZeneca atualizou o site do governo dos Estados Unidos que registra o resultado de ensaios clínicos da vacina de Oxford. Na última atualização, feita na quinta-feira (10), o laboratório retirou a sua intenção de testar em crianças, anunciada ainda em maio, no início dos testes clínicos.

A vacina de Oxford realiza atualmente no Reino Unido os testes clínicos de fase 3, que visam atestar a eficácia do imunizante. São mais de 12 mil voluntários que participam do estudo.

No Brasil, o imunizante é testado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e os estudos de fase 3 devem reunir 10 mil voluntários. A vacina segue sendo a principal aposta do governo federal, que investirá R$ 1,9 bilhão para ter 100 milhões de doses do imunizante já prontas no primeiro semestre de 2021.

No segundo semestre, a ideia é que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal ligada ao Ministério da Saúde, possa produzir mais 160 milhões de doses do imunizante por meio da transferência de tecnologia.

A vacina de Oxford já foi vista como pioneira entre os imunizantes em desenvolvimento contra a covid-19, mas foi ultrapassada nos últimos meses principalmente pela vacina da Pfizer/Biontech, que já foi responsável por iniciar a vacinação no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. Assim, o imunizante do laboratório americano poderia acabar sendo também o primeiro a iniciar a vacinação no Brasil.

Diferentemente da vacina de Oxford, o imunizante da Pfizer vem testando os efeitos e a eficácia em crianças. Outras vacinas contra a covid-19, como a do laboratório Moderna e da Janssen, que pertence à Johnson & Johnson, também realizam testes com crianças.