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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Saiba qual serviço público procurar em caso de suspeita de covid-19

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Luiza Vidal

Do VivaBem, em São Paulo

07/12/2020 04h00

Com o aumento de casos de covid-19 no Brasil novamente, a disponibilidade dos serviços de saúde já é motivo de preocupação, principalmente se você não contar com o auxílio de um convênio médico e depender do SUS (Sistema Único de Saúde) —situação de mais de 70% da população brasileira, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada em setembro.

A dúvida, na maioria das vezes, é qual serviço público procurar caso a pessoa apresente os sintomas mais comuns da doença, como febre, dor de garganta, tosse e falta de ar. E mais: onde é possível fazer o teste que detecta o coronavírus? E qual o mais indicado?

O Ministério da Saúde segue com a orientação para que a população procure assistência médica logo nos primeiros sintomas de covid-10, mesmo que sejam leves.

"Ao longo da pandemia, evidências médicas demonstraram que a demora pela busca de atendimento pode agravar os casos, que dificulta a reversão do estado clínico do paciente. O atendimento precoce aumenta as chances de recuperação e diminui a ocorrência de casos graves e, consequentemente, o número de internações", informaram, em nota, a VivaBem.

Além disso, o ministério também explicou que qualquer unidade do SUS está preparada para receber o paciente e fazer o primeiro atendimento para diagnóstico clínico da doença.

Essas unidades seriam as de atendimento primário, ou seja, "porta de entrada" do SUS. São elas: as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), mais conhecidos como "postinhos", as UBSs/AMAs Integradas, no caso de São Paulo, e também as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento). Também existem as clínicas da família ou os centros municipais de saúde e, em último caso, os prontos-socorros de hospitais públicos.

As siglas podem causar confusão, então, na dúvida, o indicado é procurar uma UBS do bairro em que você mora, em casos de sintomas leves, como febre baixa, coriza, tosse e dor de garganta.

A UPA seria mais indicada para sintomas graves, como a falta ar persistente, rebaixamento de nível de consciência e sonolência. Caso necessário, a equipe médica faz a triagem e encaminha para hospitais secundários ou terciários, que apresentam maior suporte de atendimento.

Já os prontos-socorros são mais indicados para serviços emergenciais e só devem ser procurados no caso de sintomas graves, já citados acima. Também em situações nas quais os postos de atendimento já estão fechados.

Um detalhe importante é que não são todos prontos-socorros que fazem atendimento primário. Alguns, inclusive, recebem pacientes apenas encaminhados de outros lugares.

Em qual unidade posso fazer o teste?

As prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, informaram que as unidades de atenção primária estão realizando os testes de RT-PCR para pacientes com sintomas (leves, moderados e graves) e após indicação médica. Além disso, também estão fazendo os testes rápidos de covid-19.

RT-PCR: teste considerado "padrão ouro" que identifica o vírus e confirma a doença quando a pessoa já está infectada. É mais indicado para ser feito do 3° ao 7° dia de sintomas.

Testes rápidos de sorologia: detectam a presença dos anticorpos IgM e IgC a partir da coleta da amostra de sangue. É mais indicado para saber se a pessoa já teve contato com o vírus e tem mais efetividade a partir do 8° dia de sintomas.

A Prefeitura do Rio de Janeiro disse que já foram realizados até o momento 230 mil testes. Na cidade de São Paulo, a prefeitura informou que, até 15 de novembro, foram aproximadamente 1,5 milhão de testes entre RT-PCR e sorologias.

Anote aí:

  • As UPAs funcionam 24 horas;
  • O horário de funcionamento das UBSs pode variar, mas normalmente, é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h;
  • Em São Paulo, as UBSs/Amas Integradas vão de segunda funcionam também das 7h às 19h, e aos sábados, das 8h às 17h.

Fontes: Ministério da Saúde; Prefeitura de São Paulo; Prefeitura do Rio de Janeiro e Igor Maia Marinho, infectologia da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e do Hospital Leforte.