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Pandemia faz dobrar casos de ansiedade em mulheres, revela pesquisa

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Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

06/12/2020 09h33

Um levantamento online realizado pelo IBOPE inteligência apontou que as mulheres ficaram mais ansiosas boa parte do tempo durante a pandemia. Também houve um aumento no uso de medicamentos tarjados e naturais de 38% e 29%, respectivamente. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo, quadro que só piorou desde o início da pandemia.

A pesquisa, solicitada pela empresa Weleda, revelou que a ansiedade está atingindo, principalmente, as mulheres mais jovens, entre 20 e 29 anos. Fabrício Dias, médico especialista em antroposofia, avalia que o isolamento social teve papel fundamental nos dados coletados. "Antes os problemas eram distraídos com saídas e viagens, mas essa situação nos fez olhar para dentro. A pandemia nos trouxe para o lugar de enfrentamento com o outro e com nós mesmos, mas para quem não estava preparado não está fácil", diz.

Como a pesquisa foi feita

  • A pesquisa foi realizada por meio de um questionário online no mês de outubro;
  • 400 mulheres entre 20 e 50 anos responderam o questionário;
  • As participantes declararam ter variações hormonais e instabilidades emocionais;
  • Participaram mulheres residentes em: Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

E quais foram os resultados?

De acordo com a pesquisa, 50% das mulheres disseram que já apresentavam quadros de ansiedade, mas com a pandemia os sintomas pioraram. As moradoras do Nordeste lideraram o ranking de ansiedade com 42%, comparadas com as residentes do Sul (33%) e Sudeste (35%).

O levantamento também mostrou que o sentimento de impotência diante dos desafios que o novo coronavírus impôs é quase unânime, - apenas 3% disseram não se sentirem desta maneira em nenhum momento. Nesse aspecto, as nordestinas também saíram na frente com 58% das entrevistadas que se sentem impotentes, contra 29% do Sul e Sudeste.

A pandemia também aumentou o nível de estresse das mulheres e as deixou mais irritadas e angustiadas, com quadros de tensão muscular, enxaqueca, respiração ofegante, falta de ar.

Entre os medicamentos utilizados por elas para conter a ansiedade estão os naturais, pois, segundo as respostas da pesquisa, esses não causam dependência, não agridem o corpo como os tarjados, aliviam sem prejudicar outros órgãos e tem menos ou nenhum efeito colateral.