Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Fique atento: idosos podem sofrer com desidratação e hipertermia no verão

iStock
Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

05/12/2020 11h10

O verão está batendo na porta e muitas regiões do país já estão atingindo altas temperaturas. Às vezes o calor é tanto que suamos dentro de casa, e quando saímos na rua estamos sempre de olho para encontrar uma possível "sombrinha", não é mesmo?

Nessa época do ano, os cuidados com o corpo e a pele precisam ser redobrados, especialmente para os idosos, que normalmente têm a saúde mais frágil e tendem a sofrer com desidratação e hipertermia, - aumento da temperatura corporal devido ao calor. Essa condição pode gerar uma rápida desestabilização do quadro geral de saúde.

Devido ao próprio metabolismo, os idosos tendem a sentir menos sede, mas isso não significa que eles devam beber pouca água. Pelo contrário. Beber bastante água é a principal dica para amenizar a sensação térmica e manter o bom funcionamento de todos os órgãos.

Muitos idosos também urinam com frequência, o que contribui para a rápida desidratação. "Somado ao consumo de diuréticos, como os medicamentos para controle da pressão arterial, por exemplo, isso contribui para uma perda efetiva de líquido no organismo", explica Ana Catarina Quadrante, geriatra e coordenadora médica da clínica Cora Residencial Sênior, especializada na promoção de saúde, bem-estar e qualidade de vida de idosos.

Além disso, eles também costumam apresentar mais dificuldade em manter o controle da temperatura corporal. "Geralmente, os idosos sentem mais frio e se agasalham mais, mesmo em altas temperaturas, o que acaba contribuindo para que suem mais e eliminem água e sais minerais, abrindo caminho para a desidratação", acrescenta a geriatra.

A especialista também destaca a importância de ficar atento a qualquer sintoma para evitar a evolução de quadros mais graves. Dor de cabeça, boca seca e amarga, olhos lacrimejantes podem ser indicativos de problema. Já em níveis críticos, a desidratação pode levar ao comprometimento das funções renais, gerando desequilíbrio de eletrólitos, como sódio e potássio, e diminuição de nível de consciência.

Hoje existem no mercado alguns aplicativos que oferecem interface simples e permitem tanto que o usuário registre o volume de água ingerido, como programe alarmes para lembrá-lo em intervalos programados. Eles podem ser uma boa opção para saber se o mínimo de água por dia está sendo ingerido.

"O recomendado é que sejam ingeridos, em média, dois litros de líquido por dia. Podem ser consumidos sucos, água de coco, chás e frutas", indica Quadrante.

E com a previsão de dias ainda mais quentes se aproximando, os cuidados com esse grupo de pessoas precisam se intensificar. Veja algumas dicas que podem ajudar:

  • Siga uma dieta leve e balanceada, evitando alimentos pesados que dificultem a digestão;
  • Use roupas adequadas para altas temperaturas;
  • Mantenha ambientes arejados para prevenir a hipertermia;
  • Use protetor solar e evite exposição ao sol por tempo prolongado;
  • Tenha cautela nas atividades físicas, avaliando sempre os limites do corpo e priorizando os horários em que a temperatura esteja mais amena.