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Taxa de mortalidade por Aids cai 39% em São Paulo entre 2010 e 2019

Mortalidade por Aids cai 39% e incidência de casos 33% no estado de São Paulo entre 2010 e 2019 - EFE
Mortalidade por Aids cai 39% e incidência de casos 33% no estado de São Paulo entre 2010 e 2019 Imagem: EFE

De VivaBem, em São Paulo

01/12/2020 19h10

A Secretaria de Saúde de São Paulo registrou queda de 39% na mortalidade por Aids e de 33% na incidência de casos da doença entre 2010 e 2019 no estado. Neste mês é celebrado o "dezembro vermelho", que tem como objetivo chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência e proteção e promoção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

Segundo o órgão, a diminuição de mortes está relacionada principalmente ao acesso a tratamento ARV (antirretroviral), disponível gratuitamente no SUS. Em 2010, o estado registrou 3.023 mortes, uma taxa de 7,3 por 100 mil habitantes anualmente. Já em 2019, o número caiu para 1.840 óbitos, e a taxa passou para 4,2 por 100 mil habitantes.

Para comparação, a taxa de incidências de novos casos caiu 33,2% de mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2010 era de 20,5 passando para 13,7 em 2019.

"Estas quedas de mortes e infecções são uma grande conquista para São Paulo e evidenciam o êxito do trabalho do Programa Estadual de IST/Aids. Precisamos avançar, garantir equidade no acesso à saúde, e propagar a mensagem da prevenção e do autocuidado, com testes periódicos. O diagnóstico é uma forma de garantir tratamento adequado e, ainda, proteger outras pessoas", afirma o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.

A incidência da doença segue menor entre o sexo feminino, indo de 13,0 para 6,2 por 100 mil mulheres. Já entre os homens, passou de 28,5 para 21,7 por 100 mil.

Desde 2010, 8.462 jovens de ambos os sexos adoeceram. Porém, entre o sexo masculino, na faixa de 15 a 19 anos, houve um aumento de 1,8 vezes na taxa de incidência da Aids. Subiu de de 2,9 para 5,2 por 100 mil até 2019. Crescimento similar ocorreu na faixa de 20 a 24 anos: foi de 25,4 para 34,9 por 100 mil homens.

Crescimento na detecção do HIV

A detecção do HIV cresceu entre 2010 e 2019, passando de 15,5 para 19,4 casos por 100 mil habitantes ao ano. Entre os homens, os casos positivos subiram 58% no período. Já entre as mulheres caiu 10,8%.

Entre o público masculino foi registrada a maior detecção da doença em 2019. Foram 72,4 novas infecções por 100 mil habitantes no ano entre jovens de 20 a 24 anos. Entre o feminino, o pico foi em 2018 em mulheres de 25 a 29 anos, com taxa de 11,7 por 100 mil habitantes.