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Durmo, em média, cinco horas por noite; é normal ou preciso dormir mais?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

24/11/2020 04h00

Resumo da notícia

  • A média de horas de sono para um adulto varia entre 7 a 9 horas, porém o mais importante é como você se sente ao longo do dia seguinte
  • Se dorme 10 horas, por exemplo, mas acorda cansado, sem energia e passa o dia todo sonolento, são sinais de que algo não está correto no sono
  • Por outro lado, tem quem durma cinco horas por noite, mas passa o dia bem disposto; nesse caso, é considerado normal
  • Outros fatores também podem indicar que o sono não é reparador: dificuldade de concentração e memória, diminuição da libido e dores no corpo

Por mais que a média de sono esperada para um adulto seja de sete a nove horas por noite, segundo dados do National Sleep Foundation, instituto de pesquisas americano, o mais importante, na verdade, é como você acorda e se sente ao longo do dia seguinte.

Se você dorme cinco horas por noite, por exemplo, mas acorda bem disposto, não tem sonolência ao longo do dia nem sente necessidade de usar algum tipo de estimulante para se manter acordado, como doses de café e bebidas energéticas, a quantidade de sono pode ser considerada normal.

Entretanto, se você dorme 10 horas por noite e acorda cansado, como se não tivesse restaurado sua energia, e passa o dia inteiro sonolento, é possível que exista algo de errado e, por isso, o indicado é que se procure ajuda médica. Outros fatores que podem indicar que as horas de sono não são suficientes: dificuldade de concentração e memória, dores pelo corpo e diminuição da libido.

É importante saber que a quantidade de horas dormidas e o sono não restaurador podem estar relacionados a outros tipos de problemas. Um exemplo bastante frequente é o caso de pessoas com depressão, que dormem várias horas ao dia, mas se sentem cansadas, sem energia, desanimadas. Se a pessoa tiver um conjunto desses sintomas, é importante procurar auxílio médico para descobrir o que está acontecendo de errado.

A médio e longo prazos, não dormir adequadamente pode agravar ou até mesmo desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão arterial, AVC e outras doenças cardíacas. Também ocorrem desgastes cognitivos ao ter dificuldades de memorização, atenção, concentração e aprendizado.

Para ter uma boa noite de sono, além de buscar ajuda profissional, alguns ajustes na rotina também podem contribuir:

  • Mantenha-se ativo durante o dia, tanto no trabalho (com pausas para se levantar e se alongar) quanto com a prática de exercícios físicos;
  • No fim do dia, realize atividades relaxantes, como meditação e ioga;
  • Deixe o quarto com baixa luminosidade, pouco barulho e temperatura agradável;
  • Faça uma refeição leve, sem comidas gordurosas;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo;
  • Não faça uso da automedicação;
  • Perto do horário de dormir, evite atividades estimulantes como telas de celular, televisão e computador;
  • Tenha uma rotina de sono, ou seja, tente dormir e acordar sempre no mesmo horário.

Fontes: Alexandre Bossoni, neurologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo; Erika Treptow, pesquisadora do Instituto do Sono, em São Paulo; Gustavo Mury, otorrinolaringologista do CEMA Hospital, em São Paulo.

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