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Meu sogro é idoso e tem soluço frequentemente; o que fazer?

Fernanda Garcia/UOL VivaBem
Imagem: Fernanda Garcia/UOL VivaBem

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

03/11/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Alguns fatores levam ao problema, como comer rapidamente, ingerir bastante líquido, estresse, ansiedade e tabagismo
  • Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e com gás no período noturno e não comer alimentos gordurosos podem ajudar, assim como beber algo gelado
  • Quando o soluço é persistente, com duração de mais de 48 horas, ou esteja causando algum desconforto a pessoa, o melhor é procurar ajuda médica

O primeiro passo é observar se existe algum fator que desencadeie o soluço, como comer rapidamente —que causa distensão do estômago —, consumir grandes quantidades de líquidos, tabagismo, estresse e ansiedade. Depois, o ideal é tentar reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas e com gás à noite, evitar comidas gordurosas e de difícil digestão, tomar bebidas geladas (choques de temperatura podem ajudar a cessar o soluço) e, se estiver atrapalhando o sono, elevar a cabeceira da cama em 15 cm.

Quando a crise é persistente, ou seja, com duração de mais de 48 horas, ou até mesmo se o soluço não for constante, mas cause algum prejuízo ao paciente, é preciso procurar ajuda médica, para que seja investigada a causa do problema. No consultório, será avaliada a história do paciente, juntamente com um exame físico. Dependendo do diagnóstico, o médico pode pedir outros testes clínicos.

Isso porque existem diversas causas para soluços persistentes, como doenças do sistema nervoso central, doenças gastrointestinais como o refluxo e hérnia de hiato, infecções, o uso de algum medicamento, pós-operatório de cirurgias abdominais e no tórax ou tumores. O tratamento será indicado de acordo com o diagnóstico.

Para os idosos, o soluço constante requer uma atenção ainda maior, já que pode estar relacionado a problemas mais graves. Algumas doenças que apresentam esse sintoma são: diabetes mal controlado, irritação de nervos relacionados ao diafragma e, em casos mais específicos, o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por esse motivo, além de ser bastante incômodo, é primordial recorrer à ajuda de um profissional para tratar o problema.

Fontes: Alessandra Fiuza, geriatra da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Luiza Haendchen Bento, médica gastroenterologista e endoscopista do serviço de gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre; Natan Chehter, geriatra membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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