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Em 10 anos, risco de morte no Brasil passa de desnutrição para IMC alto

Getty Images
Imagem: Getty Images

Samantha Cerquetani

Colaboração para VivaBem

16/10/2020 14h42

De acordo com dados do relatório GBD (Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study), publicado hoje no Lancet, o maior fator de risco de morte no Brasil mudou de desnutrição para o IMC (Índice de Massa Corporal) alto em 10 anos.

Segundo a pesquisa, o fator de risco que gerou mais mortes e casos de invalidez no Brasil em 2009 foi a desnutrição. A condição ocorre devido à baixa ingestão de nutrientes ou inanição e pode gerar diversos problemas de saúde como perda muscular ou anemia.

Já em 2019, o fator de risco apontado pelo relatório foi o IMC elevado, ou seja, classifica que a pessoa está com excesso de peso.

Sabe-se que quanto maior o IMC, maior é o grau de obesidade e também o risco de aparecer doenças relacionadas como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, trombose, problemas cardiovasculares, entre outras.

Crédito: Reprodução/IHME

O que é IMC elevado?

O IMC é calculado dividindo o peso em quilos pela altura ao quadrado. Foi definida uma classificação para determinar se o peso do indivíduo é adequado:

  • Abaixo de 17 - Muito abaixo do peso;
  • Entre 17 e 18,4 - Abaixo do peso;
  • Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal;
  • Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado);
  • Entre 30 e 34,9 - Obesidade I;
  • Entre 35 e 39,9 - Obesidade II (severa);
  • Acima de 40 - Obesidade mórbida.

Como prevenir?

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade pode ser definida como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde. Um índice de massa corporal acima de 25 é considerado sobrepeso e acima de 30 é obeso.

As causas entre desnutrição e obesidade estão relacionadas a alimentação inadequada. Além disso, o IMC elevado pode ocorrer por sedentarismo, questões genéticas e alterações hormonais.

Não existe fórmula mágica capaz de garantir um emagrecimento rápido, efetivo e duradouro, pois estratégias bruscas, radicais e imediatistas dificilmente são mantidas por longo período.

O caminho é uma mudança geral no estilo de vida, especialmente na alimentação, além de investigar e tratar outras causas da obesidade. Geralmente, é necessário um tratamento multidisciplinar com nutricionistas, psicólogos e preparadores físicos, entre outros.

*Com informações de reportagem publicada em 03/04/2019.