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Mari Gonzales: "Sexo é importante, é quando a gente se conecta de novo"

Do VivaBem, em São Paulo

08/09/2020 15h00

No Conexão VivaBem desta terça-feira (8), a influenciadora digital Mari Gonzales disse que considera o sexo essencial para uma relação saudável.

"Óbvio que tem vezes que a gente não está em sintonia, e temos que respeitar a vontade do outro. Mas eu acho o sexo muito importante. É quando a gente se conecta, se liga de novo", disse ela.

O namorado Jonas Sulzbach disse que o sexo "é a maior conexão possível" entre os dois. "Aquele olho no olho, aquele beijo, aquela conexão. O nível máximo de amor é a relação sexual".

Maioria não transa

Para a psicanalista Regina Navarro Lins, um casal de longa data que mantém as relações sexuais em dia é uma exceção. "Claro, existem casais que estão há 20 anos juntos e têm uma vida sexual satisfatória, mas a maioria, não". Segundo ela, o casamento é quando menos se faz sexo, de uma maneira geral.

Em 46 anos de consultório, ela contou que o que eu mais ouviu foram mulheres dizendo que amam o marido, não querem se separar, mas não querem mais fazer sexo com ele. E a solução é muito mais complexa do que o tradicional "seja criativo". "Isso é uma besteira, uma bobagem. O tesão é que leva à criatividade, e não o contrário", disse.

Fim da monogamia?

Navarro acha que o modelo de casamento deve ser questionado. "Nosso modelo é de possessividade, de ciúme, de controle, em que um se mete na vida do outro e controla se o outro saiu, se transou, se não transou". Enquanto isso, o número de relações extraconjugais é altíssimo. "Não adianta você fingir que uma pessoa casa com outra, vai fazer sexo com ela por 30 anos seguidos e vai ficar muito satisfeita. Não vai", disse.

Ela não se diz contra a monogamia, desde que ela seja espontânea. Para a psicanalista, na maioria das vezes, a exigência de monogamia é imposta, o que também deve ser refletido. A fórmula preestabelecida de casamento trabalha uma dependência emocional entre o casal e, se o parceiro não tem vida própria, não há sedução ou conquista, de acordo com a especialista. "Eu acredito que o mínimo de insegurança é necessária para o tesão continuar existindo, fora as exceções".

A solução, então, estaria em respeitar a individualidade do outro e, consequentemente, questionar a monogamia. Navarro não tem dúvidas de que cada vez menos pessoas irão se fechar em uma relação a dois. Mas também diz que está tudo certo querer ser a exceção, como Mari e Jonas. "O importante é que não haja modelos, que a gente delete os modelos e que cada um escolha a sua forma de viver".