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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Rapper tem convulsão durante transmissão ao vivo; o que pode causá-la?

Bruna Alves

Colaboração para VivaBem*

27/08/2020 16h52

O rapper Pedro Qualy, do grupo Haikaiss, sofreu uma convulsão durante uma transmissão ao vivo que já durava 14 horas em uma plataforma de streaming de games. O incidente foi flagrado no vídeo por quem estava acompanhando-no. Ele foi internado em um hospital e passará por uma cirurgia por ter machucado o ombro e ainda não há previsão de alta.

Em um vídeo gravado no hospital, Qualy disse acreditar que o tempo em frente à tela foi o responsável pela convulsão. "Tive uma convulsão, família. Foi a primeira vez na minha vida, nunca tinha passado por isso. A gente chegou a conclusão que foi muito tempo jogando e aí quando acordei, já fui direto para o jogo de novo, não comi quase nada".

O que é uma convulsão?

Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por um aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. As convulsões podem ser de dois tipos: parciais ou focais, quando apenas uma parte do hemisfério cerebral é atingida por uma descarga de impulsos elétricos desorganizados; ou generalizadas, quando os dois hemisférios cerebrais são afetados.

Emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos, músicas, odores ou luzes fortes podem funcionar como gatilhos das crises convulsivas. Outras condições —febre alta, falta de sono, menstruação e estresse— também podem facilitar convulsões, mas não são consideradas gatilhos.

Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão. Em outros, entre as possíveis causas, podemos destacar:

  • Febre alta em crianças com menos de 5 anos;
  • Doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia;
  • Traumas cranianos;
  • Abstinência após uso prolongado de álcool e de outras drogas, ou efeito colateral de alguns medicamentos;
  • Distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal;
  • Falta de oxigenação no cérebro.

Aqui vale salientar que convulsão não é sinônimo de epilepsia, que é uma doença específica em que pode ocorrer convulsões, mesmo na ausência de febre alta, pancadas na cabeça, derrames ou tumores cerebrais.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito a base de medicamentos, que podem ser indicados de acordo com o tipo de convulsão para evitar a recorrência e assegurar o controle das crises.

Em outros casos, o risco de ter convulsões diminui, quando os pacientes param de ingerir álcool, drogas, pelo efeito colateral de alguns medicamentos, e por distúrbios metabólicos.

O que fazer se presenciar um caso de convulsão

  • Deite a pessoa de lado para que não engasgue com a própria saliva ou vômito;
  • Remova todos os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-la;
  • Afrouxe as roupas;
  • Erga o queixo para facilitar a passagem do ar;
  • Não introduza nenhum objeto na boca, nem tente puxar a língua para fora;
  • Leve a pessoa a um serviço de saúde assim que a convulsão passar.

*Com informações do site de Drauzio Varella.