"Brasil pensa só no jovem, mas é 6º país mais velho do mundo", diz geriatra
No Conexão VivaBem desta quinta-feira (13), a geriatra Maisa Kairalla disse que o Brasil ainda não dá a devida importância à população idosa. "O Brasil ainda pensa que é um país na década de 1970, que o jovem é o mais importante, e nós temos hoje um exército de idosos que precisam trabalhar".
São 40 milhões de idosos no Brasil hoje e a previsão é que esse número aumente 10 milhões daqui a 10 anos. "Todo mundo sempre buscou longevidade, mas isso precisa ter um certo sentido e de um entendimento cultural da população", disse. Segundo ela, o ageismo, preconceito com o envelhecimento, é muito grande no país, que hoje é o sexto mais velho do mundo. "A gente precisa educar as crianças para envelhecer, que é para que a gente tenha culturalmente isso melhor".
A geriatra contou que essa educação faz com que as pessoas revisem constantemente hábitos que podem ser ruins para o envelhecimento. "Há doenças inerentes ao envelhecimento, mas a gente espera que elas apareçam aos 80 anos e não aos 60", disse. Entre os hábitos ruins estão tabagismo, obesidade, alimentação ruim, ausência de atividade física.
Além disso, Kairalla disse que as pessoas pensam muito na genética quando o assunto é envelhecimento. Mas a ciência, na verdade, mostra que só 30% da genética influencia nesse aspecto. "70% é a gente que decide, é a gente que faz. E mais uma vez, quando a gente precisa pensar nisso? Sempre, desde sempre. A gente precisa ter bagagem, chegar aos 50 anos com saúde para a gente transpor o envelhecimento que virá".
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