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Mônica Martelli diz que libido deve ser fracionada: "Teatro era um orgasmo"

Do VivaBem, em São Paulo

31/07/2020 15h00

No Conexão VivaBem desta sexta-feira (31), a atriz e autora Mônica Martelli disse que ao longo dos anos aprendeu que não deve dar muito peso ao sexo e que a libido deve ser distribuída em outras atividades.

"Quando eu era jovem, tinha uma necessidade de querer agradar o outro. Fiquei um tempo perdida na minha profissão e colocava um peso muito grande para a vida sexual", disse. "Eu fiz direito, depois jornalismo e, mesmo depois que comecei a fazer teatro, fiquei muito tempo perdida dentro da minha própria profissão, fazendo vários trabalhos que não tinham resultado. Mas a gente vai aprendendo a ter prazer em outros lugares".

Ela lembrou que a peça "Os Homens São de Marte... E É pra Lá que Eu Vou", que estreou em 2005 e foi um grande sucesso, mudou sua vida e que tinha um prazer quase orgástico no palco. "A minha vida profissional é contada antes e depois dessa peça. Eu lembro que até transava menos, porque achava que estava gozando do palco. Estava tão feliz com aquilo, era tão visceral para mim", disse. "Acho que fui colocando o sexo no devido lugar, mas ainda com um espaço enorme, que eu acho que tem que ter, porque é importante".

A psiquiatra Carmita Abdo contou que esse fracionamento da libido é normal ao passar dos anos e saudável. De acordo com ela, quando se é jovem, toda a libido está dirigida para o sexo. "Ele quer ter contato, sensações". Mas conforme a vida vai passando, esse tesão é distribuído em um monte de coisas desejadas. "Você quer vencer na carreira, ter um carro legal, amigos sensacionais. Sobra um pouquinho para o seu parceiro, mas não é aquele montão que você tinha quando as suas ambições eram só transar".