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"Fiz transplante capilar, mas não penso em botox", diz Marcos Pasquim

Do VivaBem, em São Paulo

17/07/2020 15h00

Marcos Pasquim revelou que já fez transplante de cabelo, no Conexão VivaBem desta sexta-feira (17). Em uma conversa com o psiquiatra Jairo Bouer sobre procedimentos estéticos, o ator disse que foi a única coisa que fez, mas que não faria outros.

"Eu cheguei a fazer transplante de cabelo. Tirei da parte de trás da cabeça e coloquei em cima. Mas foi por causa da minha profissão também, porque se eu ficasse careca, teria que usar peruca. Então, eu prefiro ter o meu cabelo e, se precisar para algum personagem, raspo e fico careca", disse.

O ator contou que não pensa em "colocar botox, fazer boca ou mexer no nariz". Segundo ele, procedimentos estéticos não são indispensáveis a partir de certa idade, "a não ser que você precise para corrigir alguma coisa que, para você, está completamente desproporcional".

"Mas puxar a cara, essas coisas, acho que não faria. Ainda mais na minha profissão, que eu tenho que envelhecer para poder fazer papéis mais velhos. Se eu ficar jovem o tempo inteiro, não consigo esses papéis. Eu acho que tenho que envelhecer", disse.

Como é feito o transplante capilar?

O tratamento consiste em retirar a raiz do fio ou folículo capilar de uma região que esteja "boa", ou seja, sem apresentar ausência de fios —que pode ser nuca, tórax e região pubiana da própria pessoa — e coloca na região calva. No transplante, o médico remove uma tira do couro cabeludo e faz furinhos com uma agulha para colocar novos fios da área doadora para a região receptora —tudo isso com anestesia.

Como a estrutura toda do cabelo é colocada na região calva, os fios conseguem ter densidade e passam a nascer novamente. Os primeiros fios começam a nascer depois de três meses em médio e resultados estéticos satisfatórios ficam mais evidentes a partir do sexto mês. No entanto, o resultado final —com bastante cabelo —aparece depois de um ano e meio. "A técnica é aconselhada para quem quer um resultado duradouro e vitalício", explica Valcinir Bedin, tricologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo.*

Quando o transplante capilar é recomendado?

A técnica deve ser considerada após as tentativas frustradas de impedir a evolução da calvície com os tratamentos clínicos ou se já existirem áreas calvas definidas ou redução significante de densidade e volume. Os procedimentos são iguais para homens e mulheres. "Através de um aparelho digital microscópico, conseguimos analisar a qualidade e capacidade da área doadora do paciente, além da estratégia de cobertura da área calva, de acordo com as possibilidades técnicas e desejo do indivíduo", esclarece João Carlos Pereira, dermatologista da Clínica Derm, em São José do Rio Preto, São Paulo e especialista em transplante capilar.

O médico também explica que a questão da idade e histórico familiar também é considerada dependendo da extensão da calvície. "Em alguns casos, o ideal é esperar o quadro ter maior definição para indicar a cirurgia. Em outros, pacientes jovens, com a partir de 20 anos já são encaminhados para o procedimento."

*Entrevista cedida para reportagem de Priscila Carvalho, publicada em 03/06/2019.