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Saúde da mulher


Miá Mello fez turnê quando filho tinha 2 meses: "Quase depressão pós-parto"

Do Vivabem, em São Paulo

16/07/2020 11h00

A atriz Miá mello contou no Conexão VivaBem desta quinta-feira (16) que passou por momentos difíceis durante a turnê da peça Meu passado me condena, em 2017, apenas dois meses após o nascimento do caçula. "Me programei para voltar ao trabalho quando ele tinha dois meses. Na minha cabeça estava tudo organizado, mas no dia a dia, fazendo viagens pelo Brasil com um recém-nascido, foi muito desgastante", disse. "Eu acho que tive uma depressão pós-parto".

Ela contou que teve que fazer a introdução alimentar em hotel e que, além da peça, tinha que conversar com equipe, fãs, tirar foto, ir a jantares. "Toda a rotina do bebê estava bagunçada. Foi um momento muito difícil, que eu não faria novamente. Claro que eu não tenho como me arrepender, porque infelizmente não tem como voltar atrás, mas eu não faria novamente".

Na época, a atriz tinha que viajar toda sexta-feira de manhã. "Era Salvador na sexta-feira, sábado Feira de Santana e domingo para, sei lá, Maceió", lembrou.

"A maior insanidade cometida por um ser humano acho que fui eu e a Beyoncé, que fez uma loucura de voltar de uma turnê, para o Homecoming, com os gêmeos recém-nascidos", brincou. Mas Miá disse ter a consciência de que muitas mulheres fazem isso. "Eu vi a Pathy Dejesus comentando sobre isso. Ela também saiu para gravar uma série com o bebê muito pequeno".

Segundo ela, essas concessões são muito difíceis para a mulher. "É óbvio que o marido também está desgastado, com um filho recém-nascido, mas é um outro lugar de cansaço, de revolução hormonal, de desgaste físico. São muitas questões que a mulher tem que enfrentar para conseguir levar relativamente uma vida normal no pós-parto", refletiu ela.

A atriz ainda comentou como deve ser para as mães que não têm os mesmos privilégios que ela, principalmente durante a pandemia: "Eu digo tudo isso no lugar de extremos e absolutos privilégios. Minha mãe mora em Salvador e me encontrava nas cidades para me ajudar. Em casa eu tinha uma funcionária que fazia almoço e limpava a casa inteira. Então, eu não consigo nem desenhar esse cenário como a pessoa que não tem ajuda, das mulheres que estão trabalhando na pandemia, que é um cenário supercomum, e cuidando dos filhos".