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Longevidade

Práticas e atitudes para uma vida longa e saudável


Estudo sugere que níveis de ferro adequados podem retardar o envelhecimento

Ricardo Castelan Cruz/ Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
Imagem: Ricardo Castelan Cruz/ Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images

Bruna Alves

Colaboração para VivaBem

16/07/2020 14h41

Um novo estudo publicado hoje (16) na revista científica Nature Research sugere que manter os níveis saudáveis de ferro no sangue podem ser a chave para retardar o envelhecimento, viver mais e com saúde.

Durante a pesquisa, foram encontrados genes ligados ao envelhecimento, que podem ajudar a explicar por que as pessoas envelhecem de formas diferentes.

Como foi feito o estudo?

Os pesquisadores reuniram informações de dados públicos. Ao todo, foram utilizados os dados de mais de um milhão de pessoas e mais de 60 mil idosos.

Foram identificados dez regiões do genoma ligadas a saúde e longevidade. Eles também descobriram que os conjuntos de genes ligados ao ferro estavam super-representados em suas análises sobre como o organismo envelhece. Com isso, a equipe confirmou que os genes envolvidos no metabolismo do ferro no sangue são parcialmente responsáveis por uma vida longa e saudável.

Quais os resultados esperados com a descoberta?

Segundo os especialistas, o envelhecimento biológico, ou seja, que ocorre com todos normalmente, varia entre as pessoas e causa várias doenças cardíacas, demências e até câncer.

Cientistas da Universidade de Edimburgo e do Instituto Max Planck (de Biologia do Envelhecimento), na Alemanha, responsáveis pelo estudo, acreditam que os resultados podem acelerar o desenvolvimento de medicamentos para reduzir doenças relacionadas à idade e aumentar a expectativa de vida.

Os pesquisadores dizem que projetar um medicamento que possa imitar a influência da variação genética no metabolismo do ferro pode ser um passo futuro para superar alguns dos efeitos do envelhecimento, mas alertam que são necessários ainda mais estudos.

Joris Deelen, do Instituto Max Planck, um dos autores do estudo, afirma que a descoberta pode melhorar muito a qualidade de vida das pessoas na velhice.

"Nosso objetivo final é descobrir como o envelhecimento é regulado e encontrar maneiras de melhorar a saúde durante o envelhecimento. As dez regiões do genoma que descobrimos estão ligadas a expectativa de vida e longevidade".