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Histórias de quem mudou hábitos em busca de mais saúde


Breno eliminou 70 kg após morte dos pais por problemas ligados ao sobrepeso

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Simone Cunha

Colaboração para o VivaBem

02/07/2020 04h00

Breno Zamar, 29 anos, começou a lutar contra o sobrepeso ainda na adolescência. Com 137 kg, percebeu que precisava adotar hábitos mais saudáveis para não ter doenças ligadas à obesidade, ao sedentarismo e à alimentação, como seus pais. A seguir, ele conta como conseguiu emagrecer em um ano e dois meses:

"Na adolescência, eu era muito ansioso e queria tudo para ontem. Descontava esse sentimento na comida e me empanturrava de lanches, doces e refrigerante, o que obviamente me fez ganhar peso. Até tentava seguir algumas dietas malucas para emagrecer, mas elas só funcionavam por um tempo, pois não conseguia mudar hábitos.

Ainda jovem, cheguei a 137 kg e sofri muito bullying dos colegas de escola. Sabia que precisava adotar um novo estilo de vida, mas não era fácil dar o pontapé inicial.

Breno 2 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
A motivação para mudar veio quando comecei a sentir muita falta de ar e percebi que o excesso de peso já estava prejudicando. Meus pais morreram por causa do diabetes e problemas cardíacos e eu sabia que essas doenças ligadas à má alimentação, ao sedentarismo e excesso de peso poderiam encurtar minha vida.

Comecei a caminhar todos os dias e fui aumentando aos poucos o tempo e a distância. Andei uma quadra na primeira semana, depois duas, três, quatro. Também fiz uma reeducação alimentar. Abri mão de doces e frituras e passei a consumir mais salada, arroz e feijão. Fiz essas trocas por conta própria e percebi que estava se sentindo melhor.

Breno 3 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
No início, não foi nada fácil. Pensei em desistir, pois o novo me assustava e me obrigava a sair da zona de conforto. Não queria levantar do sofá e enfrentar uma nova rotina. Porém, sabia que isso era necessário. Após um mês, com essas mudanças simples, eliminei 6 kg. Ver os resultados na balança e as roupas ficando folgadas foi importante para me motivar. Deu um gás para continuar focado na rotina de exercícios e boa alimentação.

Durante o processo, compreendi que para emagrecer não bastaria apenas fechar a boca, como tentei fazer das outras vezes. A mudança da alimentação precisa vir 'de dentro'. Precisei aprender a identificar quando realmente estava com fome, para não descontar meus sentimentos na comida. Também entendi que que os alimentos trazem prazer, mas é possível encontrar outras formas de sentir prazer, como ao se exercitar, estar com os amigos etc.

Breno 4 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Mudar o pensamento foi decisivo nessa minha jornada. Uma coisa importante foi desde o início ter clareza do que eu queria. Enxergava minha meta alcançada, me visualizava magro e com saúde. Criava essa imagem na minha mente e me fortalecia com ela. Era uma meta que já estava bem definida para mim.

Em um ano e dois meses, eliminei 70 kg e isso me fez ganhar autoestima. Foi um processo ótimo para a saúde física e mental. Na época, fiquei muito magro passei a fazer musculação para aumentar minha massa magra. Assim, cheguei aos 76 kg atuais, com um corpo saudável.

Breno musculação - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Hoje minha vida é outra: pratico atividades físicas diariamente, me alimento corretamente, realizo exames a cada seis meses, enfim, percebi que ganhei mais vida! Por isso, não tenho medo de voltar a engordar, pois minha mudança foi interna e não apenas estética.

Foi uma mudança de mente e corpo, em sintonia, num único propósito: ter mais saúde. Agora, posso comer um doce sem culpa ou medo de exagerar, pois adquiri segurança e aprendi a me alimentar com equilíbrio. Não preciso mais de uma caixa de chocolate, um único bombom já me satisfaz.

Breno corrida - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Minha meta é manter a saúde e a qualidade de vida. Porém, sem restrições ou sofrimento. A reeducação alimentar é uma amiga, não o contrário. E fazer atividade física é um presente para o corpo. Por isso, me cuido!"