Vila dos Idosos: treino na sacada combate sedentarismo na quarentena
"Eu sou a pessoa da mais alta energia". Foi assim que um grupo de aproximadamente 40 idosos começou a aula em um condomínio no bairro do Pari, no centro de São Paulo, na quarta-feira (27). O local é conhecido como "Vila dos idosos".
A aula de ginástica e dança é uma iniciativa da academia Smartfit em parceria com a Prefeitura de São Paulo, que traz o "Smart Truck - Projeto Mexa-se São Paulo", com o intuito de levar atividade física a regiões periféricas da cidade. Na primeira parte do treino, ocorre um aquecimento e depois alguns exercícios físicos.
Respeitando o distanciamento social e usando máscaras, eles treinam das sacadas dos apartamentos ou na entrada do condomínio. E nem o frio ou preguiça espantaram o grupo que gosta de se exercitar.
A aposentada Sônia Maria Freitas, de 69 anos, decidiu participar da aula e diz que adora praticar atividade física:
Eu desci sem bengala mesmo. Vim me mexer pois tenho resultados não só no corpo, mas na mente também. Fico mais relaxada"
E se engana quem pensa que fazer movimentos intensos é um problema para a terceira idade. Segundo Samir Goulart, educador físico e treinador da Smartfit, é possível adaptar os exercícios para os mais velhos. "Fizemos o polichinelo sem pular, por exemplo. Também podemos fazer uma corrida no lugar e batendo com as mãos. Todos esses exercícios ajudam nas articulações e melhora do corpo", diz.
Saúde mental em dia
Goulart ressalta ainda que, além do físico, a prática também ajuda na saúde mental dos idosos. "Eles se sentem acolhidos, se divertem e dão bastante risada. Isso é muito gratificante", diz.
Foi o caso de Olerite dos Santos, de 83 anos, que diz que ficar em casa a deixa muito triste e ansiosa. Por causa da quarentena, ela teve que ficar cada vez mais reclusa em seu apartamento. E, claro, isso não foi nada agradável.
Eu sempre fui de sair, ir a shows, ao teatro. Aqui no treino eu me mexo e vejo as amigas do prédio. É muito bom"
Era nítido a felicidade dos idosos durante o treino. Para encerrar o encontro, o grupo dançou ao som de músicas pop e não parou de se mexer. Mesmo quem tem mobilidade reduzida também estava presente na aula.
Lena Silva, de 60 anos e Terezinha Carmo de Araújo, de 81 anos, disseram que a iniciativa foi ótima e querem participar mais vezes. "A gente fica mais leve e ativa nossa musculatura. Até em casa eu estou me mexendo um pouco. Estico as pernas, os braços. Para mim faz muito bem", diz Terezinha.
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