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Estudo indica que 2m de distância não são suficientes para evitar contágios

Gotículas de um espirro viajam no ar - iStock
Gotículas de um espirro viajam no ar Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

28/05/2020 08h57Atualizada em 29/09/2021 13h33

Desde o início da pandemia do coronavírus, uma das medidas adotadas para evitar o contágio é manter ao menos dois metros de distância de outras pessoas. De acordo com um estudo publicado na revista Science, isso não é o suficiente, o que reforça a necessidade do uso de máscaras.

Em uma publicação da revista intitulada "Reduzindo a transmissão do Sars-CoV-2", especialistas da Universidade de Taiwan e da Universidade da Califórnia dizem que "evidências sugerem que o novo coronavírus está se espalhando silenciosamente em aerossóis expelidos por pessoas altamente contagiosas, mas que não apresentam sintomas.

Segundo eles, é preciso "realização regular e ampla de testes" para encontrar casos assintomáticos e indicação do uso universal de máscaras para o controle do vírus, como aconteceu em Singapura, Hong Kong e Taiwan.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde podem não ser suficientes em todos os casos, dizem Chia Wang, Kimberly Prather e Robert Schooley, autores do artigo.

"Aumentaram as evidências que sugerem que os dois metros de distância recomendados pela OMS não são suficiente em muitas situações em ambientes internos onde gotículas permanecem no ar por horas, acumulando-se com o passar do tempo e se espalhando pelo ar em distâncias maiores que dois metros", escreveram eles.

Os especialistas em química e doenças infecciosas explicam que as gotículas se espalham no momento da respiração e da fala, "podem se acumular, permanecer no ar de ambientes internos por horas e podem ser inalados facilmente para dentro dos pulmões".

Outra observação, feita pelo centro de controle e prevenção de doenças dos EUA, o CDC, focou em gotículas de tossidas e espirros. Nestes casos, a permanência no ar é menor, mas o risco é maior de que caiam diretamente no nariz ou boca de outras pessoas.

Apesar disso, estima-se que a maior taxa de contaminação venha pelos aerossóis da fala e da respiração. "Para que a sociedade retome suas atividades, é preciso de medidas para reduzir a emissão destes aerossóis, incluindo uso universal de máscaras", concluiu o estudo publicado na Science.