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#ProjetoVivaBem: "Melhor que perder 6 kg foi parar de fumar e mudar rotina"

Danilo não se adptou aos exercícios com peso do corpo e passou a treinar com a fita de suspensão - Carine Wallauer
Danilo não se adptou aos exercícios com peso do corpo e passou a treinar com a fita de suspensão Imagem: Carine Wallauer

Priscila Carvalho

Do VivaBem, em São Paulo

18/05/2020 04h00

Vencer o sedentarismo e adotar uma dieta mais saudável normalmente não é fácil, imagine então durante uma pandemia. Enquanto ainda estavam se adaptando à rotina de burpees, agachamentos e jantares com "macarrão" de abobrinha, o cinco participantes do #ProjetoVivaBem —3 meses para entrar em forma tiveram que encarar também as mudanças que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) provocou em nossa vida.

A ansiedade gerada pelo medo da doença e pelo isolamento dificultou que a turma seguisse à risca os treinos e a dieta à risca. Isso, obviamente, impediu que os resultados esperados fossem 100% alcançado. Mesmo assim, o #ProjetoVivaBem conseguiu promover mudanças saudáveis na rotina de todos, que vamos mostrar ao longo dessa semana, começando com o relato de Dan Sperandio, coordenador de MOV.

Projeto 16 - Carine Wallauer - Carine Wallauer
Imagem: Carine Wallauer

Dan Sperandio, coordenador de MOV
Idade 36 anos
Peso inicial 132 kg
Peso final 126 kg

"Não considero que o #ProjetoVivaBem tenha dado errado. Talvez, olhando os números na balança, não gerou o impacto desejado, mas o projeto tinha o objetivo de mudar a vida das pessoas e aí eu digo: para mim foi um sucesso. Aprendi que não importam as causas externas, pois o foco e a vontade de viver bem estão na nossa cabeça.

Se não fosse o projeto, nessa pandemia eu estaria bebendo como um louco, fumando mais que uma 'maria-fumaça', completamente sedentário e comendo besteira em cima de besteira. As crises de ansiedade existiram, o desejo de fumar e descontar toda a culpa do mundo na bebida veio, a vontade de desistir de tudo bateu... Mas, com a mudança de estilo de vida estimulada pelo profissional de educação física Fernando Guerreiro, eu canalizei toda a minha ansiedade em exercícios.

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Imagem: Carine Wallauer
Não nos exercícios só com peso do corpo propostos inicialmente, pois não me adaptei muito a eles. Sem a possibilidade de sair de casa, segui a recomendação de um amigo de usar a fita de suspensão, que eu adorei. Também tirei a poeira da minha bicicleta e coloquei ela para 'rodar' em um rolo na sala.

Aqui, pude tirar uma boa lição: para que os exercícios se tornem rotina, precisamos fazer coisas que realmente gostamos. Não adianta focar em uma modalidade só porque ela promete bons resultados. Se você não curtir a atividade, não irá praticá-la por muito tempo e, consequentemente, não terá ganhos em longo prazo.

Exercício bom para emagrecer é aquele que a gente gosta, não o que queima mais calorias

Com a quarentena estou comendo muito bem. Fazer isso está sendo bem simples: já que estou cozinhando, posso preparar só o que é saudável —e as dicas que a nutricionista Suzana Bonumá passou ao longo do projeto estão me ajudando muito a fazer boas escolhas.

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Imagem: Carine Wallauer
Fazer exercícios e dieta me incentivou a buscar outras atitude positivas durante o isolamento. Tomo sol na varanda lendo livros, ouço músicas que me fazem bem... Acredito que o mais importante é que eu consegui estabelecer uma rotina que me coloca em prioridade. Invejosos dirão que eu não estou trabalhando. Amados, nunca trabalhei tanto! Essa pandemia gerou um dos maiores desafios profissionais da minha carreira, faço horas de lives por dia. E repito: criar uma rotina foi muito importante.

Para concluir, construí uma nova vida, meu manequim mudou (a calça era 52 e agora uso 48), consigo correr 7 km e, nos momentos de ansiedade, tenho outras fugas que não o cigarro, a comida e a bebida. Além de ter feito novos amigos com o projeto e consolidado algumas amizades que já existiam. Se isso é não dar certo, eu não sei o que é sucesso!"