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Tenho ansiedade e sinto náusea, palpitações e sintomas físicos. Como lidar?

Fernanda Garcia/UOL VivaBem
Imagem: Fernanda Garcia/UOL VivaBem

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

07/04/2020 04h00

No momento da crise de ansiedade, ou seja, em que esses sintomas físicos como náuseas, dores de cabeça e palpitações estão ocorrendo, o ideal é controlar a respiração e os pensamentos. Inspire lentamente com a boca fechada, deixando o diafragma —músculo situado abaixo do pulmão, entre o tórax e o abdômen — se expandir (estufar a barriga) e segure por 5 segundos. Depois, solte o ar pela boca com calma. Enquanto fizer o trabalho de respiração, foque em pensamentos positivos. Dessa forma os sintomas irão diminuir, até que você não sinta mais nada.

É preciso entender que a ansiedade é um estado normal do ser humano, e que pode, inclusive, vir acompanhado de alguns sinais como os citados, assim como insônia, diarreia ou vômito. A atenção se dá quando esses sintomas se tornam mais intensos e frequentes. É o chamado transtorno de ansiedade. Nesse caso, o ideal é procurar um profissional de saúde mental para que ele possa realizar um diagnóstico mais preciso e indicar o tratamento, que pode ser o uso de medicamentos e psicoterapia.

Para entender melhor, quando ficamos ansiosos, o sistema límbico (responsável pelas emoções) do nosso organismo libera os hormônios adrenalina e cortisol para nos preparar para a defesa ou fuga. Mas se temos que enfrentar algo que julgamos acima da nossa capacidade, e a ajuda é mínima, todo esse processo se exacerba, convertendo-se em sintomas.

A melhora do transtorno de ansiedade vai depender da gravidade e evolução do tratamento. Portanto, os sintomas só irão diminuir, caso o paciente siga continuamente a terapia indicada pelo profissional da saúde e não tome atitudes sem consultar o médico. Afinal de contas, é ele quem poderá avaliar se o tratamento está tendo evolução e quais os próximos passos a seguir.

Fontes: Denise Pará Diniz, psicóloga comportamental e coordenadora do setor de gerenciamento de estresse e qualidade de vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), José Carlos Tavares, psicólogo, especialista em terapia cognitivo comportamental e professor de psicologia do centro de ciências da saúde da Universidade Católica de Petrópolis, no Rio de Janeiro; e Luiz Vicente Figueira de Mello, supervisor do programa de ansiedade do IPQHCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

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