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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Coronavírus: no meio de incerteza e medo, há boas notícias acontecendo

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Imagem: Reprodução

Do VivaBem, em São Paulo

18/03/2020 12h05Atualizada em 08/06/2020 11h35

O momento é de atenção e prevenção contra o coronavírus. A pandemia já atingiu mais de 160 países e causou muitas mortes.

Ficar em casa e ter acesso a tanta informação tem deixado as pessoas ansiosas e pensando apenas no pior, mas vale lembrar que também há muita coisa boa acontecendo no meio da incerteza. A seguir, reunimos algumas delas e diariamente você pode conferir em Ecoa novas boas notícias.

Brasil testa a cloroquina

Um grupo de hospitais liderados pelo Albert Einsten recebeu liberação no dia 22 de março para iniciar um ensaio clínico que teste a eficácia do uso de hidroxicloroquina no tratamento para o novo coronavírus. A medicação vem sendo apontada como tendo potencial para curar a covid-19.

Brasileira que ficou na UTI se cura

A bancária alagoana Ana Patrícia Bezerra Moura, 43, foi uma das cinco primeiras pessoas a ter coronavírus em São Paulo. Foi também um das primeiras a ter a forma grave da doença e precisar de terapia intensiva. No dia 18 de março ela deixou o hospital, onde foi declarada curada do vírus após exames. "Fiquei bem feliz quando descobri que estava curada, porque já tinha começado a aparecer na mídia muita coisa, e eu também já tinha passado por maus bocados", conta.

SP monta hospitais de campanha

A Prefeitura de São Paulo iniciou a montagem dos dois mil leitos de baixa complexidade no estádio do Pacaembu e no Anhembi que serão utilizados para atender pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. "Aqui nós teremos 200 leitos, com outros 1.800 leitos no Anhembi, totalizando 2 mil leitos de baixa complexidade para poder fazer a observação e desafogar os hospitais", disse o prefeito Bruno Covas. Serão investidos cerca de R$ 35 milhões.

Cientistas descobrem como o corpo combate a covid-19

Pesquisadores australianos identificaram quatro tipo de células do sistema imunológico que atuam na resposta a infecção pelo novo coronavírus. Segundo os especialistas, determinar quais células atuam no combate ao vírus poderá ajudar no desenvolvimento de uma vacina.

Remédio japonês mostra ação em teste preliminar

Testes preliminares feitos com um pequeno grupo de pacientes na China sugerem que um medicamento desenvolvido para combater outras doenças virais também poderia ter efeitos positivos contra a atual pandemia de covid-19.

Segundo Zhang Xinmin, funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, cerca de 80 pacientes da região de Shenzhen que receberam o remédio tiveram melhora mais rápida de seus sintomas respiratórios e demoraram menos tempo para eliminar o vírus de seu organismo.

Solidariedade tem aparecido pelo Brasil

Moradores de condomínios têm se disponibilizado a ajudar vizinhos idosos ou de outros grupos de risco indo ao supermercado ou à farmácia, por exemplo. Bilhetinhos em elevadores ou no hall de prédios têm os nomes e contatos daqueles que estão dispostos a ajudar. Que bom que a solidariedade e a empatia aparecem em tempos difíceis.

Brasil também estuda vacina

Por aqui, uma vacina também está sendo desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Incor (Instituto do Coração) da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). "Acreditamos que a estratégia que estamos empregando para participar desse esforço mundial para desenvolver uma candidata a vacina contra a covid-19 é muito promissora e poderá induzir uma resposta imunológica melhor do que a de outras propostas que têm surgido, baseadas fundamentalmente em vacinas de mRNA", disse Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor e coordenador do projeto.

Chinesa de 103 anos se curou

Uma mulher de 103 anos se tornou a pessoa mais velha a se curar do coronavírus, de acordo com o jornal britânico "The Independent". Zhang Guangfen ficou em tratamento por seis dias em um hospital de Wuhan, na China, e foi liberada para voltar para casa. Segundo a publicação, Zhang foi internada no dia 1º de março e sua rápida recuperação deve-se ao fato de seu bom estado de saúde. O médico que a atendeu, Zeng Yulan, relatou apenas uma pequena bronquite, mas que não interferiu no tratamento contra a covid-19.

Nos EUA, vacina começa a ser testada

O começo dos testes de uma vacina contra o novo coronavírus nos EUA é uma notícia animadora, mas nada garante que a abordagem, iniciada com voluntários sadios, dará origem a uma forma viável de imunização. Trata-se de uma vacina de mRNA (RNA mensageiro), molécula "prima" do DNA que costuma carregar as informações necessárias para a produção de uma proteína até as "fábricas" da célula.

Com base no material genético do novo coronavírus, os pesquisadores fabricaram moléculas de mRNA que contêm a receita para a produção da proteína da espícula do parasita —o "espinho" ou "arpão" que ele usa para se fixar nas células humanas. A ideia é fazer com que o organismo dos pacientes produza apenas essa proteína, com base no mRNA da vacina. Com isso, o sistema de defesa das células reagiria como se tivesse sido invadido pelo vírus real, produzindo anticorpos —moléculas defensoras— com "design" específico para o combate ao Sars-CoV-2. Diante do patógeno verdadeiro, essas pessoas estariam imunes.

Países conseguiram conter o contágio

Apesar das más notícias em quase todos os lugares, alguns países asiáticos parecem ter conseguido reduzir substancialmente a propagação abrupta do vírus. País vizinho da China e com uma população de 26 milhões de habitantes, Taiwan havia registrado até segunda-feira apenas 67 casos e uma morte em mais de dois meses de luta contra o novo coronavírus.

A província chinesa de Hong Kong, onde vivem 7,5 milhões de pessoas, até compartilha uma fronteira terrestre com o resto da China, mas só teve 155 casos confirmados e 4 mortes. No Japão, com uma população de 120 milhões, os casos mal excederam 800, enquanto na Coreia do Sul, embora haja mais de 8 mil pacientes, novas infecções foram abruptamente reduzidas nas últimas semanas. Dá para aprender com eles.

Dono do Alibaba doa testes para os EUA

O magnata chinês Jack Ma, cofundador do Alibaba, gigante do comércio eletrônico, anunciou no Twitter que doará 500 mil kits de testes de coronavírus e um milhão de máscaras para os Estados Unidos. Usando o Twitter e o serviço de microblog chinêa Weibo, o empresário informou que os materiais já foram providenciados para serem despachados.

Mais de 200 remédios estão sendo testados

A OMS informa que centenas de remédios que já são usados para tratar outras doenças virais estão sendo testados contra a covid-19. Segundo a diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, Mariângela Simão, esses tratamentos estão sendo usados para terapias do HIV, da malária e do ebola.

Nos EUA, por exemplo, o presidente Donald Trump aprovou o uso da cloroquina, normalmente usada no tratamento da malária. Vale ressaltar que este medicamento teve bons resultados, mas o uso ainda não é seguro.

China anuncia fim da transmissão local

A China, país onde a pandemia de coronavírus se iniciou, anunciou que não registrou nenhum novo caso de por meio de transmissão local nas últimas 24 horas. Dos 34 novos pacientes infectados, todos os casos foram "importados". Para especialistas, a notícia indica que medidas sociais restritivas funcionaram na contenção da disseminação do vírus.

Italiana de 95 anos se cura

A italiana Alma Clara Corsini, 95, foi a primeira paciente curada do covid-19 na província de Modena, no norte do país. A informação é da "Gazzetta di Modena". Corsini chegou ao hospital no dia 5 de março e, desde então, estava internada. Este é pelo menos o segundo caso no país de um idoso de mais de 90 anos curado do coronavírus. Na região da Lombardia, um homem de 97 anos recebeu alta nesta semana e conseguiu se recuperar de uma pneumonia.

Doação de sangue encheu estoques

A Fundação Pró-Sangue afirmou hoje que os estoques voltaram a subir após campanha realizada semana passada nas redes sociais e na imprensa.

Indústrias de máquinas e equipamentos vão doar respiradores

Já passa de 100 o número de empresas no setor da indústria de máquinas e equipamentos que vão colocar suas linhas de produção à disposição do governo para produzir respiradores mecânicos para a rede hospitalar tratar os infectados pelo coronavírus. A informação foi passada pelo presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), José Velloso Dias Cardoso. De acordo com ele, não haverá custos para o governo e os valores que o setor despenderá para produzir os respiradores não serão divulgados porque será uma doação da indústria.

*Esta lista será constantemente atualizada.