"Perdi 18 kg pois não queria mais ficar com as coxas assadas ao caminhar"
A estudante Júlia Viana, 20 anos, tinha maus hábitos alimentares desde a infância e ganhou peso principalmente após perder o pai e a avó. Quando chegou a 93 kg, ela começou a sofrer com falta de ar, dores e assaduras frequentas nas pernas ao caminhar. A seguir, ela conta como eliminou o excesso de peso:
"Nunca tive hábitos muito saudáveis. Desde criança fui acostumada com comidas pesadas —do tipo rabada e feijoada. E não fui incentivada a fazer qualquer tipo de exercício físico. Aos 9 anos perdi meu pai e, desde então, comecei a engordar. Aos 17, perdi minha avó paterna, o que fez com que eu ganhasse ainda mais peso muito rapidamente. Sempre fui ansiosa e descontava esse sentimento na comida.
Logo os problemas começaram a aparecer. Sentia muita falta de ar, não conseguia andar um quilômetro sem que minhas coxas ficassem assadas e minhas pernas doessem. Até passeios na praia com as amigas eu recusava por vergonha da barriga. Quando aceitava o convite, a condição era ir para uma praia vazia. Também passei a ouvir muitas 'brincadeiras' do tipo 'Essa roupa está muito apertada, não?!'. Eu tentava levar como algo normal, mas ficava incomodava e arrasada por dentro.
A decisão de emagrecer aconteceu no dia em que fui ao shopping comprar um shorts e nem o tamanho 46 coube em mim. Eu tive vontade de chorar. Sai de lá disposta a emagrecer. Comecei procurando dietas nas redes sociais, mas em vez de maluquices decidi investir em algo simples: comer mais alimentos naturais, controlar o tamanho das porções e começar a malhar.
No início, ninguém acreditou que eu fosse levar a sério. Afinal, já tinha dito milhares de vezes que estava fazendo dieta e dois dias depois me jogava no fast-food. Mas com o tempo minha família passou a me motivar e ajudar.
A introdução de atividade física na rotina foi algo que me ajudou muito a controlar a ansiedade, que me levava à compulsão alimentar. Todos os dias, fazia aeróbico intercalando caminhada com corrida e, depois, musculação.
O resultado veio rapidamente, pois fui perdendo a vontade de comer as coisas pesadas que antes entravam no meu cardápio. Não que eu tenha as deixado completamente de lado, mas a quantidade diminuiu consideravelmente --agora, provo bem pouquinho só para não ficar com vontade. Assim, consegui emagrecer 10 kg em um mês.
Ao notar a perda de peso, fui ficando cada vez mais empolgada e buscando melhores resultados. Isso se tornou uma motivação e tanto. Hoje, já são 18 kg eliminados e estou com 75 kg —ainda quero perder mais alguns quilos para chegar a uma boa proporção em relação à minha altura. Para isso, agora conto com orientação de uma amiga nutricionista.
Minha vida melhorou muito após essa mudança de hábitos e sinto que ganhei saúde. A alimentação saudável que me ajuda a manter a forma e dá energia, consigo andar bastante e correr sem sentir dores, não fico assada (isso realmente era um problema), compro roupas em qualquer lugar e minha autoestima está elevadíssima.
Meu cardápio segue sendo um equilíbrio entre folhas, verduras, frutas, raízes e bastante proteína. Na minha dieta atual não tem muito carboidrato. E açúcar só um dia, no final de semana. É um pouco difícil resistir às tentações, mas trabalhando a mente, fica tudo ótimo —a vontade passa. A rotina de exercícios continua dividida entre aeróbico e musculação: malho seis vezes por semana — inclusive aos sábados. Adoro!
Para quem deseja mudar os hábitos e o corpo para ter uma vida melhor, digo: quando pensar em desistir, lembre do principal motivo que o fez começar. Esse é meu mantra. Simplesmente faça. No seu tempo, tudo dará certo!"
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