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Bebê nasce sem ânus nos Estados Unidos; leia o relato da mãe

Reprodução/HuffPost
Imagem: Reprodução/HuffPost

Priscila Carvalho

Do VivaBem, em São Paulo

25/02/2020 16h54

Um caso raro chamou atenção dos médicos nos Estados Unidos: um bebê nasceu sem ânus e precisou de uma cirurgia de emergência para criar um orifício temporário perto do umbigo.

O quadro ocorreu há cerca de dois anos e agora a história foi contada por sua mãe Holly Kearl, em entrevista ao HuffPost. A condição é chamada ânus imperfurado, doença rara e que afeta menos de 200 mil pessoas.

Para surpresa dos pais, a família descobriu que o bebê ainda tinha uma medula espinhal amarrada e precisava passar por uma nova cirurgia.
Nos primeiros oito meses de vida, a criança passou por três cirurgias para melhorar os movimentos intestinais de uma abertura anal. "Por causa da gravidade da doença, mesmo depois das cirurgias, ele precisará de laxantes por toda vida", disse Kearl.

Depois dos procedimentos cirúrgicos, a criança precisou usar uma bolsa de ostomia para controle das fezes.

Disfunção na bexiga

Mesmo com a bolsa e diversas cirurgias, a criança continuava sofrendo, principalmente à noite. Segundo Kearl, eram muitos gritos e choros que não cessavam de jeito nenhum.

Para achar uma resposta para o caso, seus pais procuraram um médico que era especialista no caso, já que outros especialistas chegaram a falar que a criança não tinha nenhum outro problema. Ele chegou a ouvir de alguns médicos que deixasse o filho gritar e chorar sem intervir.

O novo médico informou que a criança tinha uma bexiga neurogênica. "Ele nunca teve a função normal da bexiga e, quando você o vê urinar, é devido a espasmos na bexiga, afirmou.

O especialista explicou que a cirurgia na coluna havia ampliado os problemas e por isso o bebê começou a ficar doente com frequência.
Por causada condição, a criança teria que ser submetida a um processo de cateter estéril para extrair urina de três a quatro horas por dia e, provavelmente, fazer o processo por toda a vida.

Depois que descobriram o verdadeiro problema do filho, os pais seguiram com o tratamento correto e há quase três meses ele não sente dores e incômodos. "Esperamos que todos os dias ele permaneça assim."

Kearl decidiu contar a história de seu filho já que no dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras. Ao longo da semana, ONGS e autoridades de saúde vão trazer temas que para falar mais sobre doenças e conscientizar médicos e familiares da importância do diagnóstico preciso.