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Ana Furtado usa óculos para daltonismo; o que é o quadro, que não tem cura?

Ana Furtado usa óculos para corrigir daltonismo - Reprodução/ Instagram
Ana Furtado usa óculos para corrigir daltonismo Imagem: Reprodução/ Instagram

Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

23/01/2020 15h49

Ana Furtado dividiu com seus seguidores o momento em que usou óculos para corrigir seu daltonismo, na quarta-feira (22). "Vivendo as cores! Porque sempre dá para se (re)apaixonar pelo mundo, pela vida! Que experiência incrível... e indescritível!", escreveu em suas redes sociais.

A condição da apresentadora do "É de Casa" é genética, hereditária e mais comum em homens. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o daltonismo atinge 350 milhões de pessoas no mundo, sendo oito milhões no Brasil.

Existem vários tipos diferentes dela, mas o mais comum é a dificuldade de distinguir tons de vermelho, verde ou azul. Por exemplo, se a cor normal de um objeto é verde ou vermelho, um daltônico vê tons de cinza.

Em casos raros, o daltônico também pode ver o mundo em preto e branco e tons de cinza, um problema chamado monocromacia.

Teste de cores de Ishihara - iStock - iStock
O teste de cores de Ishihara
Imagem: iStock

Por que ocorre?

O daltonismo está ligado à transmissão do cromossomo X. Isso que dizer que é a mulher que passa o gene mutado para o filho, mas raramente terá a condição. Como elas têm dois cromossomos X, um deles vêm de um pai com a mutação genética e o outro de alguém sem a alteração.

Entretanto, se a mulher receber do pai e da mãe o cromossomo X com o gene anômalo, ela terá daltonismo.

A alteração genética faz com que o indivíduo não tenha células fotorreceptoras ou modifica o pigmento dos cones, células responsáveis pela percepção das cores.

Além disso, mas de forma bem menos comum, a condição também pode aparecer devido a doenças oculares, lesões neurológicas, tumores no cérebro ou medicamento.

Diagnóstico costuma ser tardio

Como na maioria das vezes quem tem daltonismo já nasce com o quadro, o indivíduo demora para descobrir a alteração nas cores. Geralmente, a percepção de que há algo de diferente na visão ocorre quando a criança está na escola.

No caso de adultos, a suspeita ocorre quando há necessidade de distinguir cores no trabalho, por exemplo.

No oftalmologista, o exame mais comum para o diagnóstico é o teste de cores de Ishihara, que usa cartões com vários pontos coloridos. No centro desses cartões, há um número, uma letra ou desenhos feitos com pontos de cores identificadas só por quem não tem daltonismo.

Não há tratamento para o daltonismo, nem cura. Mas após a descoberta, o indivíduo pode usar lentes de óculos com filtro de cor, como foi o caso de Ana Furtado. As lentes ajudam na distinção de cores, melhorando o contraste entre os tons que ela já vê. Novas cores, entretanto, não serão vistas.

Fontes: Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas de São Paulo; Ministério da Saúde.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado na matéria e na home do UOL, o daltonismo não é uma doença, mas uma condição genética. O texto já foi alterado