Filho de ex-Polegar engasga e tem parada respiratória; como agir?
O filho de 6 anos de Alan Frank, ex-integrante do grupo Polegar, engasgou e teve uma parada respiratória, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 2 de janeiro. Em entrevista à revista Marie Claire, o cantor contou que a família voltava das férias quando o menino passou mal.
"[Ele] se engasgou com a água, em seguida vomitou e provavelmente o pedaço de algum alimento obstruiu as vias aéreas de modo que ele começou a ficar roxo e perdeu completamente os sentidos. Teve uma parada respiratória", disse Alan.
Os primeiros socorros foram feitos pelo próprio pai, que, além de cantor, também é médico oftalmologista. Na entrevista, Alan conta que o tumulto formado atrapalhou, assim como alguns que tentaram ajudar, mas que não sabiam o que fazer: "Um cara puxou meu filho dos meus braços dizendo que eu estaria fazendo de forma errada e passou a apertar e chacoalhar meu filhinho sem sucesso".
Alan então o deitou no chão, alinhou a traqueia do menino e tentou fazer respiração boca a boca, sem sucesso. "Sua boquinha estava travada, dura e saindo sangue", disse. Como também não passava ar pelo nariz, ele resolveu aspirar e em seguida soprar novamente. "Daí então tive êxito, fiz a respiração boca-nariz mais algumas vezes e ele voltou a respirar. A corzinha dele voltou, mas ele estava em coma. Um pesadelo terrível", afirmou.
Somente quando a equipe médica do aeroporto chegou para prestar atendimento, o menino recuperou os sentidos. Ele foi encaminhado para um hospital em Guarulhos, onde permaneceu em observação até o dia seguinte.
Como saber se a criança está engasgando?
Alan percebeu que o filho havia se engasgado quando ele começou a ficar roxo. Assim que ocorre o engasgo, há uma tosse reflexa na tentativa de expulsar o objeto da via aérea. Se o objeto sair, geralmente ocorre uma dificuldade respiratória, respiração ruidosa, lábios roxos e chiado.
O indicado é que, nesse caso, o adulto não tente retirar o objeto com os dedos, chacoalhando a criança ou batendo nas costas, por exemplo. Isso pode fazer com que o objeto se movimente e obstrua completamente a via aérea.
Se em algum momento a aspiração bloquear completamente a entrada de ar, é possível perceber que a criança não consegue emitir nenhum som, nem tossir. Trata-se de uma situação de extrema urgência, com risco de morte imediata. Nesses casos, o pai ou responsável deve realizar as manobras de desobstrução.
Primeiros socorros
As manobras de desobstrução variam de acordo com a idade da criança.
Menos de 1 ano: o responsável deve apoiar o bebê no braço, com a cabeça mais abaixo que o corpo, tendo o cuidado de manter a boca do bebê aberta. Em seguida, deve aplicar cinco batidas com o "calcanhar" da mão nas costas do bebê, na região entre as escápulas. Depois, virar o bebê com a barriga para cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta, e iniciar cinco compressões no osso do peito da criança, logo abaixo da linha imaginária traçada entre os mamilos. Repita esse ciclo até o bebê expelir o objeto ou desmaiar.
Mais de 1 ano: o responsável deve se posicionar atrás da criança, apoiar a mão fechada em punho, encoberta pela outra, entre o umbigo e a extremidade inferior do osso do peito da criança. Com o punho, ele deve realizar compressões em trancos para dentro e para cima, até que a criança consiga expelir o objeto ou desmaie.
Perda de consciência
Caso a criança perca a consciência, como foi o caso do filho de Alan, os passos recomendados são diferentes:
1) Acionar um serviço de emergência;
2) Colocar a criança deitada e fazer duas respirações boca a boca;
3) Mesmo expelindo o corpo estranho com as manobras, levar a criança a um serviço de emergência;
4) Abrir a boca e ver se o objeto foi expelido. Se não for, fazer 30 compressões no tórax e abrir a boca novamente. Se o objeto tiver sido expelido, retire-o cuidadosamente com os dedos em forma de pinça e faça mais duas ventilações boca a boca. Repetir o procedimento até o socorro chegar ou a criança voltar a respirar.
Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria; Thais Bustamante, pediatra pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Anthony Wong, pediatra pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), consultados em matéria publicada no dia 06/11/19.
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