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Grávidas têm mais risco de melasma; saiba evitar as manchas no verão

Mudanças hormonais deixam a gestante mais predisposta a desenvolver manchas na pele - iStock
Mudanças hormonais deixam a gestante mais predisposta a desenvolver manchas na pele Imagem: iStock

Danielle Sanches

Do VivaBem, em São Paulo

06/01/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Gravidez provoca mudanças hormonais que tornam as mulheres mais suscetíveis ao aparecimento de manchas na pele; uma delas é o melasma
  • As manchas características da gestação, como nas axilas e mamilos, tendem a sumir após o parto, mas o melasma, não
  • A exposição solar aumenta o risco de desenvolver manchas mais profundas ou piorar as que já existem
  • A melhor prevenção é proteger as áreas expostas ao sol com filtro solar e ainda usar chapéu e roupas com proteção UV
  • Na gravidez, alguns cremes ajudam a controlar o problema; já após o fim da amamentação, é possível usar ativos mais potentes para clarear a pele

Os dias de calor do verão criam uma atmosfera perfeita para passar mais tempo em atividades ao ar livre. Isso acaba aumentando a exposição da pele ao sol —o que, para gestantes, pode se tornar um problema.

O melanócito, célula responsável por produzir a melanina (pigmento que dá cor à pele), é estimulado por três fatores: genético, hormônios ou pelo sol. Durante a gravidez, a pele da mulher se torna mais sensível à melanina por causa da revolução hormonal que o organismo está passando. Então, é normal e esperado que algumas partes do corpo se tornem mais escuras, como axilas, mamilos, virilha e região do umbigo.

O problema é que, no verão, esses melanócitos já sensibilizados pelos hormônios da gravidez acabam recebendo um incentivo extra para trabalhar: os raios solares. Isso acaba agravando as manchas e ainda tornando as gestantes mais suscetíveis a outro problema: o melasma.

O que é a doença?

O melasma se caracteriza por manchas escuras na pele que surgem principalmente nas maçãs do rosto, testa, no nariz e no buço, mas também podem aparecer em outras partes como braços, mãos, pescoço e colo.

As manchas geralmente são escuras e têm formato irregular, mas bem definido, e sempre aparecem no mesmo local. Ou seja, se a gestante já tinha a lesão antes de engravidar, é provável que a mancha surja novamente com mais força durante a gravidez.

Vale dizer também que qualquer um pode ter melasma, não só as gestantes. Mulheres que tomam pílula anticoncepcional, por exemplo, também estão mais propensas ao problema porque o remédio mexe com a regulação hormonal. Pessoas com a pele mais escura, que já possuem mais melanina, também estão no grupo de risco.

E, diferente das manchas características da gestação, que costumam regredir após o nascimento do bebê, o melasma não some sozinho e precisa de tratamento especializado para desaparecer.

Dá para prevenir?

É importante dizer que o melasma pode aparecer durante a gravidez sem que a mulher tenha ido à praia ou tomado muito sol, já que o novo balanço hormonal do período tende a provocar o problema. No entanto, a exposição ao sol é um componente que aumenta ainda mais o risco de desenvolver a doença ou de agravá-la, se ela já existir.

Por isso, se quiser ir à praia ou se for praticar alguma atividade ao ar livre, é importante utilizar uma fotoproteção química (filtro solar) e uma mecânica (chapéu, roupas com filtro UV, sombrinha) para prevenir o problema. Esses cuidados devem ser intensificados e contínuos durante toda a gravidez —ou seja, a mulher deve passar o protetor solar todos os dias (até nos de chuva!).

Como tratar?

Para evitar que as manchas piorem, além dos cuidados com a proteção solar, é possível utilizar cremes com ativos como ácido azelaico, ácido glicólico (em concentrações baixas), vitamina C pura e alguns derivados da soja para controlar a hiperpigmentação. No entanto, isso deve ser feito apenas com orientação médica, já que muitas substâncias adotadas para clarear a pele são prejudiciais ao desenvolvimento do bebê na gravidez.

É o caso de alguns cosméticos com vitamina C comercializados nas farmácias, que muitas vezes possuem substâncias como o retinol, contraindicado na gestação.

Após o fim da amamentação, aí sim é possível utilizar clareadores mais potentes, como o ácido retinóico e a hidroquinona. Ainda dá para combinar o uso desses cremes em casa com procedimentos feitos no consultório dermatológico, como peelings, laser e microagulhamento.

Fontes: Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo; e Damaris Ortolan, dermatologista especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

VivaBem no Verão - 2ª edição

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Data: de 26 de dezembro de 2019 até o dia 09 de fevereiro de 2020, de quinta a domingo
Horário de funcionamento: das 9h até as 13h (praia) e das 17h até a 1h (arena)
Endereço arena: Av. Riviera, s/n, próximo ao shopping
Local do espaço na praia: canto direito da praia de Riviera de São Lourenço
Entrada: gratuita

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