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Garota de 7 anos salva mãe com "massagem cardíaca" que aprendeu no Youtube

Reprodução/ The Sun
Imagem: Reprodução/ The Sun

Do VivaBem, em São Paulo*

16/12/2019 19h03

Uma garota de sete anos salvou a vida da mãe depois de realizar uma técnica conhecida como RCP — ressuscitação cardiopulmonar— uma massagem cardíaca. Em entrevista ao jornal britânico "The Sun", a criança disse que estava assistindo televisão quando viu a mãe Becky Green, 32, desmaiar e depois ter uma convulsão.

Para tentar reanimá-la, ela jogou água no rosto da mãe e, percebendo que ela não reagia, começou a fazer massagem cardíaca — procedimento que ela aprendeu assistindo vídeos no Youtube. Em seguida, a jovem ligou para a emergência.

A mãe disse que se surpreendeu e chamou a filha de heroína."Ela gosta de assistir a vídeos e eu sei que ela aceita muito bem as coisas, mas eu não fazia ideia de que ela havia assistido a um vídeo sobre RCP. Se ela não sabia o que fazer e agia tão rapidamente, quem sabe o que poderia ter acontecido. Estou muito orgulhosa dela, é minha heroína", disse a mãe ao The Sun.

Ao chegar ao hospital, os médicos informaram que a mãe sofria com epilepsia. Porém, alguns dias depois, os especialistas informaram que, provavelmente, Green havia tido um sintoma de estresse pós-traumático.

De fato, fazer oRCP pode salvar vidas. Estima-se que 200 mil pessoas sofram paradas cardíacas anualmente fora do ambiente hospitalar. Por isso é extremamente importante estar preparado e, principalmente, saber como fazer as compressões torácicas. A seguir, explicamos a sequência ideal de ações conhecida como 'Corrente da Sobrevivência'.

1- Cheque por 5 segundos se a vítima está, de fato, inconsciente e não respira

2- Peça para a pessoa mais próxima ligar, imediatamente, para o SAMU: 192

3- Inicie as compressões torácicas com força, rapidez e sem pausas. Se houver desfibrilador automático no local, use-o.

4- Reporte toda a situação e ações tomadas ao serviço de emergência, assim que estiverem no local de atendimento

5- O hospital deve garantir atendimento especializado para vítima de parada cardíaca.

*Fonte: Roberto Kalil, cardiologista e professor titular da disciplina de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), presidente do Instituto do Coração (inCor/HCFMUSP) e colunista do UOL VivaBem, em texto publicado no dia 11/11/2019.