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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Zé Felipe tem artrite espondilite: "Não desejo pra ninguém"; entenda doença

O cantor, filho do sertanejo Leonardo, descobriu a doença crônica após meses fazendo exames - Reprodução/Instagram
O cantor, filho do sertanejo Leonardo, descobriu a doença crônica após meses fazendo exames Imagem: Reprodução/Instagram

Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

11/11/2019 17h32

Resumo da notícia

  • A espondilite anquilosante é uma doença incurável, que afeta articulações da coluna, ombros, quadris e joelhos
  • O problema é progressivo e a tendência é que os sintomas se tornem mais intensos
  • Nos casos mais graves pode causar lesões nos olhos, coração, pulmão, intestinos e pele

O cantor Zé Felipe comentou sobre o diagnóstico de espondilite anquilosante (também conhecida como artrite espondilite) no Domingão do Faustão, no domingo (10). O filho do sertanejo Leonardo contou ao apresentador que percebeu os primeiros sintomas quando, ao acordar e tentar levantar da cama, não conseguiu ter firmeza do pé no chão. "O pescoço estava travado também. Pensei 'será que eu estou com gota ou será que minha mulher que bateu de noite?'", disse.

No dia seguinte ao episódio, o cantor disse que fez um show, mas não conseguiu se mexer muito. "Fiquei três meses fazendo exame para descobrir o que era, até ir a um reumatologista e ele me diagnosticar com artrite espondilite", disse.

Felipe contou que a doença tem controle, mas que não tem cura. De dois em dois meses ele tem que tomar injeção, mas que não deseja a situação para ninguém, "porque dói demais". "Quando a crise ataca, não dou conta de fazer nada, é só ficar sentado e deitado".

O que é espondilite anquilosante

Sem causa conhecida, o problema é mais comum entre os homens no início da idade adulta.

Esse tipo de artrite é uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações da coluna, ombros, quadris e joelhos, principalmente. Cleandro de Albuquerque, reumatologista do Hospital Universitário de Brasília, explica que a doença é progressiva e que a tendência é que os sintomas se tornem mais intensos. "Na evolução da doença, se ela não for tratada, a tendência é que essa inflamação acabe colando os ossos da coluna. As complicações dessa deformidade podem causar dificuldades respiratórias e fortes dores", diz.

Sintomas

Normalmente, a dor lombar persistente por mais de três meses é o primeiro sinal da doença. O especialista afirma que a dor pode irradiar para pernas e causar rigidez na coluna. A mobilidade desta, inclusive, pode ser comprometida com o tempo.

Se não for realizado o tratamento adequado, podem ocorrer algumas complicações:

  • Dores intensas na coluna e nas articulações;
  • Inflamação nos olhos, chamada de uveíte;
  • Inflamação do intestino, as vezes com formações de fistulas intestinais (estreitamentos);
  • Deformidades articulares no quadril e nos ombros;
  • Doenças de pele, principalmente casos de psoríase;
  • Problemas cardíacos, como inflamação de vasos do coração, doença valvar aórtica, distúrbios de condução, cardiomiopatia e doença cardíaca isquêmica;
  • Quanto à saúde mental, podem ocorrer alterações do humor e depressão.

Tratamento

O tratamento não leva à cura, mas ajuda a não piorar ainda mais os sintomas de dores intensas, rigidez e perda de força nas juntas. Medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares), fisioterapia e cirurgias podem ser indicados.

O tratamento para doenças reumáticas é garantido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que disponibiliza tratamentos farmacológico (com o uso de medicamentos) e complementares (com a utilização de práticas integrativas e complementares, exercícios, terapia física, entre outros).

*Informações de matéria publicada no dia 10/12/2018

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