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Tatá Werneck fez cesariana por causa de diabetes gestacional; saiba o que é

Tatá mostra foto do nascimento de sua filha - Reprodução/Instagram
Tatá mostra foto do nascimento de sua filha Imagem: Reprodução/Instagram

Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

23/10/2019 18h09

Resumo da notícia

  • Tatá Werneck teve de fazer cesárea após descobrir que estava com diabetes gestacional
  • O problema tem uma prevalência global de 10% e é parecido com o diabetes tipo 2, mas, se não for tratado corretamente, pode causar problemas ao feto
  • O tratamento pode incluir acompanhamento nutricional, prática de exercícios físicos e insulinoterapia. O efeito da cesárea permanece indefinido

Tatá Werneck deu à luz sua primeira filha na manhã desta quarta-feira (23). O desejo pelo parto normal, no entanto, não ocorreu e o bebê nasceu de uma cesárea. "Eu fiquei com aquela diabetes (diabetes gestacional) e tive que fazer", disse a comediante à coluna de Patrícia Kogut.

O problema, que tem uma prevalência global de 10%, é parecido com o diabetes tipo 2 e tem como características o aumento da resistência e a diminuição relativa da secreção de insulina. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal), partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.

São considerados fatores de risco para o diabetes gestacional:

  • Idade materna mais avançada;
  • Ganho de peso excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade;
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
  • Histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau;
  • Hipertensão arterial sistêmica na gestação;
  • Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).

Como não é comum a presença de sintomas, recomenda-se que as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana (início do sexto mês) de gravidez, como está a glicose em jejum e a glicemia após a ingestão de glicose. O diagnóstico é feito caso os níveis de glicose no sangue sejam iguais ou maiores a 92 mg/dl no jejum ou 180 mg/dl e 153 mg/dl respectivamente 1 hora e 2 horas após a ingestão do açúcar.

O tratamento específico é recomendado para reduzir complicações durante a gravidez, o parto e a vida adulta do bebê. Indica-se uma orientação nutricional adequada, assim como a prática de atividade física (que deve ser feita somente se não houver contraindicações). Os exercícios podem ser aeróbicos ou de resistência, mas as atividades aeróbicas leves e moderadas são as mais indicadas.

Nas gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física, costuma-se associar o uso de insulinoterapia. Ela é efetiva e segura, sendo considerada como o "padrão-ouro" de tratamento. A ideia é manter os níveis de glicose antes das refeições menores que 95 mg/dl e uma hora após as refeições menores que 140 mg/dl. Já o efeito do parto eletivo (indução ou cesárea), como o que ocorreu com Tatá, como tratamento permanece indefinido, mas costuma ser indicado.

Aproximadamente seis semanas após o parto, a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes permanente após o parto, assim como a alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas.

Fonte: Formulário do Datasus; Sociedade Brasileira de Diabetes; matéria publicada no dia 05/02/19.