Melanoma: células B têm papel importante na imunoterapia, diz estudo
Resumo da notícia
- Médicos descobriram que as células B desempenham um papel importante no combate ao câncer durante a imunoterapia
- As células B são um tipo de célula do sistema imunológico que atuam junto com as células T, também conhecidas como linfócitos
- Os médicos esperam agora mais estudos para entender melhor o papel desse tipo de célula e como ele pode ajudar no combate ao câncer
Pesquisadores da EMBL-EBI (European Bioinformatics Institute) e a Medical University of Vienna descobriram evidências que as células B —um tipo de glóbulo branco presente no sangue — podem ter um importante papel importante no processo de imunoterapia feito para combater o melanoma.
Atualmente, a imunoterapia se concentra nas células T, outro tipo de glóbulo branco também conhecido como linfócito. Os resultados, no entanto, sugerem que as células B também têm um papel importante no sucesso da imunoterapia.
De acordo com o estudo, publicado na revista Nature Communications, os pesquisadores descobriram que, no caso do melanoma, as células B agem quase como um tipo de satélite, produzindo anticorpos e enviando moléculas mensageiras que direcionam as células T para o tumor, tornando sua ação mais efetiva.
Como o estudo foi feito?
- Os médicos analisaram um total de 41 amostras de pacientes com melanoma;
- Eles perceberam que, quando as células B eram retiradas, o número de células T e outras células do sistema imunológico caia drasticamente no tecido do tumor;
- Em experimentos seguintes a essa observação, eles notaram um subtipo de célula B que parecia ser responsável por "guiar" as células T e outras do sistema imunológico até o tumor;
- Curiosamente, durante o experimento, eles perceberam que as células do melanoma parecem "forçar" as células B a se desenvolverem nesse subtipo;
- Além disso, os médicos notaram que a presença desse subtipo de célula B aumentou o efeito positivo da imunoterapia e a ação das células T.
Por que isso é importante?
A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio corpo para reconhecer e combater o câncer. Existem diversas formas de imunoterapia, mas apenas alguns poucos pacientes se beneficiam dela.
No caso do melanoma, que é um câncer de pele particularmente agressivo, a imunoterapia é focada nas células T, que conseguem matar as células cancerígenas diretamente enquanto recrutam mais células no processo.
Com a nova pesquisa, a imunoterapia pode começar a focar também nas células B para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Os médicos reforçam que o verdadeiro papel dessas células imunológicas ainda não é totalmente conhecido e ainda mais pesquisas são necessárias para uma compreensão maior. Mas acreditam que o impacto que elas têm no tratamento contra o câncer é maior do que pensavam anteriormente.
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