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Escova de dente: aprenda a escolher a mais adequada para você

Existem escovas dentais mais indicadas para crianças, adultos e idosos, que têm características e necessidades diferentes. - Getty Images
Existem escovas dentais mais indicadas para crianças, adultos e idosos, que têm características e necessidades diferentes. Imagem: Getty Images

Renata Turbiani

Colaboração para o UOL VivaBem

12/06/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Vale se aconselhar com o dentista antes de comprar a escova de dente: ele saberá indicar o modelo de acordo com o perfil e necessidades do paciente
  • O ideal é trocar a escova de dente a cada dois meses, no máximo. Depois disso, as cerdas perdem resistência e deixam de cumprir sua função de limpeza
  • Qualidade, conforto e ajuste na boca devem guiar a escolha da escova ideal - e não o preço, o design ou as cores

Cerdas duras, médias, macias ou ultramacias. Cabeça redonda, quadrada ou retangular. Cabo liso, emborrachado ou flexível. São tantos os tipos, os modelos e as marcas de escovas de dente nas prateleiras do supermercado, da farmácia e da perfumaria, que a tarefa de escolher qual levar para casa parece cada dia mais difícil.

Pode parecer corriqueiro, afinal, você troca (ou deveria trocar) de escova várias vezes por ano. Porém, o risco de comprar uma versão errada para a sua necessidade é acabar comprometendo a saúde da sua boca.

De acordo com Luciana Scaff Vianna, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), pelo fato de o produto possuir variações técnicas, a melhor pessoa para decidir o modelo ideal para cada caso é o cirurgião-dentista. "O profissional irá avaliar uma série de fatores: se o paciente é criança, adolescente, adulto ou idoso, o tamanho dos dentes, se possui prótese ou implante, se usa aparelho ortodôntico, faz algum tratamento, apresenta problemas dentários, por exemplo", comenta.

Atualmente, a maioria dos profissionais da área odontológica recomenda escovas com cerdas macias e niveladas --as duras tendem a machucar a gengiva e os tecidos dentais, causando desgaste nos dentes e retração gengival.

Os modelos com cabeça retangular e bordas arredondadas, proporcional ao tamanho da boca e dos dentes de quem vai usar, também são preferidos.

Quanto ao material e o formato do cabo, a escolha deve considerar e, primeiro lugar a qualidade e o conforto --e só depois o preço, o design, a estampa ou as cores. "O importante é a escova se ajustar bem à boca e alcançar todos os dentes durante a escovação", avisa Vianna.

Caso a caso

Quando se trata de crianças, elas devem usar sempre escovas infantis --normalmente, já são fabricadas com cerdas macias e, na embalagem, trazem a classificação etária.

No caso de adolescentes, vale apostar nas mais atrativas, para chamar a atenção e estimular o cuidado com a higiene bucal --porém, sem abrir mão da qualidade e características técnicas. Outra opção são as que sinalizam, por meio da mudança de coloração das cerdas, quando está na hora de fazer a troca.

Pacientes idosos, assim como pessoas em tratamento de quimioterapia ou radioterapia, por exemplo, que sensibiliza a mucosa bucal, podem usar as macias ou extramacias.

Quem possui implante dentário, aparelho ortodôntico ou prótese, seja total (dentadura) ou parcial, pode associar os modelos de escova especiais, como interdental, unitufo e bitufo -0essas duas últimas também são recomendadas para retração gengival.

Quando trocar a escova?

Ivan Munhoz Pasin, professor do curso de odontologia da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), informa que a escova de dente deve ser trocada a cada um mês e meio ou dois, no máximo. "Depois disso, as cerdas começam a perder tonicidade e deixam de cumprir sua função, que é remover o biofilme (placa bacteriana) da superfície dos dentes."

Se antes desse período os tufos já estiverem desgastados e desalinhados, a substituição precisa ser antecipada. O mesmo deve ser feito após passar por resfriado, gripe ou infecção de garganta --isso vai prevenir uma reinfecção pelos germes que normalmente ficam presos às cerdas.

Escovação ideal

De acordo com Pasin, tão importante quanto escolher a escova certa é fazer a higiene bucal da forma correta. "O ideal é escovar os dentes depois de cada refeição e usar o fio dental, no mínimo, duas vezes ao dia. A pessoa vai gastar um tempo a mais nessa tarefa, mas a disciplina é essencial à higiene e a saúde da boca", diz.

Quanto à técnica de escovação, uma das mais preconizadas é a de Bass modificada, que consiste em posicionar a escova em um ângulo de 45° em direção à margem da gengiva e fazer movimentos giratórios ou vibratórios, com cerca de oito repetições em cada região. Na área mastigatória dos dentes, os movimentos podem ser de vai e vem.

"Para as crianças é um pouco diferente: elas devem fazer movimentos mais amplos e circulares e precisam ter a escovação supervisionada pelos pais ou responsáveis", acrescenta o especialista.

Vianna ensina outro método, que vale, inclusive, para quem tem problema de retração da gengiva: "Encaixe a escova no sulco gengival, de forma angulada, e vá 'varrendo' a sujeira para fora, repetindo o movimento duas ou três vezes em cada dente. Ao final, toda a superfície dentária precisa estar lisa. Se isso não ocorrer, é porque a limpeza não foi eficiente e tem de ser refeita", observa.

Além desses cuidados, os especialistas apontam que é fundamental consultar o dentista uma ou duas vezes por ano para uma avaliação completa e tratamento de possíveis problemas bucais.

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