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SUS pago? Entenda falas "polêmicas" do ministro da Saúde em programa

Divulgação
Imagem: Divulgação

Priscila Carvalho

Do UOL VivaBem, em São Paulo

28/05/2019 18h26

Algumas pessoas estão questionando no Twitter as falas do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que foi entrevistado no programada "Roda Viva", da TV Cultura, na noite da última segunda-feira (27).

Temas como rotulagem de alimentos ultraprocessados, propagandas de bebidas alcoólicas e a possibilidade de algumas pessoas pagarem para usar o SUS foram alardeadas na rede social.

No entanto, por mais que esses tópicos tenham sido, sim, debatidos na entrevista, essas questões não foram cravadas, mas levantadas como temas que pedem uma maior reflexão. O fim da gratuidade universal do SUS, que foi o que mais chamou atenção na conversa, não foi tratado como uma decisão definitiva e sim uma discussão que Mandetta quer "provocar" no Congresso Nacional.

A fala do ministro foi: "É justo ou equânime uma pessoa que recebe 100 salários mínimos ter o atendimento 100% gratuito no SUS? Quem vai ter 100% de atendimento gratuito no SUS? Eu acho que essa discussão é extremamente importante para esse Congresso. Eu vou provocá-la, vou mandar a mensagem, sim, para a gente discutir equidade e esse ponto a gente vai por o dedo".

Os internautas também questionam a fala do ministro sobre os alimentos. Mas ao ser perguntado sobre o tema no programa, Mandetta explicou que hoje, na verdade, a rotulagem traz as informações de forma pequena e a indústria está gastando com um formato que é difícil para o consumidor ler, por isso deve ser mudado. Mas ele defende o modelo apoiado pela indústria alimentícia, pois é complicado, diz ele, ter um censor dizendo que alimento faz mal ou não. "A questão da obesidade é maior do que só o alimento", ressaltou.

Ao discutir o consumo de álcool, o ministro afirmou que não adianta trabalhar o tema por meio de uma portaria, e sim, por um debate social. Segundo ele, na Copa do Mundo surgiram diversos apelos para colocar cervejas dentro do estádio, associando o álcool ao esporte, o que, na opinião dele, é extremamente perverso.

De acordo com Mandetta, proibir propagandas de álcool não resolveria o problema já que é uma droga lícita. "A gente precisa discutir isso no Congresso. Vetar a propaganda é ótimo, mas existem fabricantes, impostos, tem que ser muito bem discutido", finalizou.

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