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Poluição do ar faz crianças sentirem sintomas de ansiedade, diz estudo

BeyondImages/Istock
Imagem: BeyondImages/Istock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

24/05/2019 11h33

Você provavelmente já ouviu que a poluição atmosférica causada veículos prejudica a saúde. As partículas podem penetrar no pulmão, corrente sanguínea e chegar ao cérebro, podendo causar problemas como asma, ataques cardíacos e até demência.

Mas agora, um novo estudo publicado no periódico Environmental Research aponta que a exposição pode causar sintomas de ansiedade na infância, especificamente em crianças com aproximadamente 12 anos.

Os pesquisadores submeteram os participantes a exames para medir os níveis de mio-inositol, um metabólito natural encontrado principalmente em células cerebrais conhecidas como células gliais, que auxiliam na manutenção do volume celular e no equilíbrio de fluidos no cérebro e servem como um regulador de hormônios e insulina no corpo.

Aumentos nos níveis de mio-inositol se correlacionam com o aumento da população de células gliais, que frequentemente ocorre em estados de inflamação.

Como o estudo foi feito

  • Por meio de ressonância magnética, pesquisadores avaliaram imagens do cérebro de 145 crianças com uma idade média de 12 anos, analisando especificamente os níveis de mio-inositol encontrados no cérebro.
  • Eles descobriram que, entre aqueles expostos recentemente a níveis mais elevados de poluição, houve aumentos significativos de mio-inositol no cérebro, em comparação com aqueles com menor exposição.
  • Eles também observaram aumentos no mio-inositol associados a sintomas de ansiedade generalizados. "No maior grupo de exposição recente, observamos um aumento de 12% nos sintomas de ansiedade", afirmou um dos responsáveis pela pesquisa.

Resultados não apontam transtorno de ansiedade

No entanto, os cientistas observam que o aumento observado nos sintomas de ansiedade generalizada era relativamente pequeno e provavelmente não resultaria em um diagnóstico clínico de um transtorno de ansiedade.

"Ainda assim, os resultados apontam que a exposição pode desencadear a resposta inflamatória do cérebro, como é evidente pelos aumentos que vimos no mio-inositol. Isso pode indicar que certas populações estão em maior risco de resultados de ansiedade, especialmente países mais pobres", afirmou Kelly Brunst, principal autora do estudo em release da University of Cincinnati, instituição da qual é professora.

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