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Uso regular de aspirina pode reduzir risco de câncer de fígado, diz estudo

STEEX/IStock
Imagem: STEEX/IStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

15/10/2018 11h54

De acordo com descoberta recente de pesquisadores do Massachusetts General Hospital, o uso regular de aspirina pode reduzir o risco de desenvolver câncer de fígado.

Os cientistas definiram "regular" como a ingestão de dois ou mais comprimidos de 325 miligramas por semana durante 5 anos ou mais.

Publicados no periódico científico JAMA Oncology, os resultados do estudo são promissores e apoiam conclusões de pesquisas anteriores sobre o mesmo tema.

"A ingestão regular de aspirina levou a um risco significativamente menor de desenvolver câncer de fígado ou carcinoma hepatocelular (CHC) em comparação ao uso pouco frequente ou inexistente. Também descobrimos que o risco diminuía progressivamente com o aumento da dose de aspirina e duração do uso", afira Tracey Simon pesquisadora da Divisão de Gastroenterologia do Massachusetts General Hospital, em Boston e uma das responsáveis pela análise.

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Entendendo os dados

Os pesquisadores analisaram dados de saúde de cerca de 170.000 pessoas, que foram coletados por mais de três décadas.

Algumas das perguntas do questionário preenchido por esses pacientes era se eles tomavam aspirina, com que frequência e por há tempo. Outra parte dos dados incluiu o diagnóstico de câncer de fígado.

Quando os cientistas analisaram os números, eles revelaram que as pessoas que tomavam duas (ou mais) doses de 325 miligramas de aspirina por semana tinham uma redução de 49% no risco de desenvolver a doença.

Para aqueles que tomaram aspirina por 5 anos (ou mais), o risco foi reduzido em 59%.

Além disso, a equipe viu que a redução do risco diminuiu se o participante parou de tomar aspirina e desapareceu por completo 8 anos depois que parou de tomar aspirina. Não houve diminuição no risco de câncer de fígado quando os participantes tomaram paracetamol ou ibuprofeno.

Próximos passos

O câncer de fígado é uma doença grave, com uma taxa de sobrevida em 5 anos de apenas 17,7%, portanto, qualquer notícia sobre como reduzir nosso risco é positiva.

"Embora ainda seja cedo demais para saber se iniciar o tratamento com aspirina pode ser uma estratégia eficaz para prevenir o CHC, os esforços para entender os mecanismos por trás desses efeitos benéficos podem ajudar a identificar estratégias urgentes de prevenção ou biomarcadores para um câncer", afirmou Simon.

Os próximos passos dos cientistas incluem a realização de um estudo sobre como a terapia com aspirina funciona em uma população com doença hepática estabelecida, uma vez que esse grupo já está em risco de câncer de fígado.

Os médicos já recomendam aspirina a alguns pacientes para ajudar a prevenir doenças cardíacas e câncer colorretal, por isso não é difícil ver como isso pode eventualmente se tornar protocolo para aqueles em risco de câncer de fígado.

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