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Autorresponsabilidade: 5 dicas para não se fazer mais de vítima

Muitas pessoas preferem atribuir a responsabilidade de seus problemas para os outros, mesmo sem perceber - iStock
Muitas pessoas preferem atribuir a responsabilidade de seus problemas para os outros, mesmo sem perceber Imagem: iStock

Carol Salles

Colaboração para VivaBem

01/09/2018 04h00

Quando algo dá errado na sua vida, você tende a culpar os outros e achar que não há o que fazer ou tenta procurar em si mesmo as razões para o fracasso, assim como soluções para sair do buraco?

Se optou pela segunda alternativa, saiba que isso se chama autorresponsabilidade, ou seja, a capacidade de tomar para si a responsabilidade sobre as condições positivas e negativas da sua vida. É se colocar no no papel de protagonista -- aquele personagem que "puxa" o enredo do filme --, e não no de vítima.

Também é um valor ético, que tem a ver com maturidade emocional e as escolhas que fazemos. Já parou para pensar que um dia é repleto delas, das grandes e importantes às pequenas e corriqueiras, e que cada uma terá um tipo de consequência?

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Imagem: iStock

No entanto, é sempre mais fácil transferir para os outros a culpa pelas coisas que não dão certo ou não estão boas.

Os alvos são os mais variados: desde nossos pais (“Se eles tivessem me educado de maneira diferente, hoje eu seria mais feliz”), filhos (“Se ele não me desse tanto trabalho, eu teria mais tempo para fazer outras coisas”) até chefes (“Ele não sabe me motivar, por isso estou no mesmo cargo há tantos anos”).

Fazer-se de vítima paralisa e impede que se tome uma atitude para mudar o que não está bom, pois passa-se o tempo esperando que a mudança também seja feita pelo outro. Pessoas autorresponsáveis entendem que seus caminhos estão nas suas próprias mãos.

Portanto, são mais resilientes e têm mais facilidade em tomar decisões e realizar ações para mudar o que não está de acordo com seus princípios ou ideais --ainda que as circunstâncias não sejam favoráveis e que surjam problemas ao longo dessa trajetória.

5 dicas para não se fazer mais de vítima

Qualquer um pode ser autorresponsável e existem algumas medidas que ajudam a desenvolver essa habilidade:

Homem tranquilo em assumir responsabilidade por algo - iStock - iStock
Imagem: iStock

1. Autoconhecimento é a chave

Para isso, vale lançar mão de ferramentas que podem ajudar no processo, desde leituras até coaching e terapia. Quanto mais você se conhece, mais sabe aonde quer chegar e é capaz de acertar nas escolhas que faz.

2. Sem mais desculpas
Outra medida é parar de criar desculpas para justificar as coisas que dão errado. Um exemplo: ao invés de dizer que você se atrasou para aquela reunião porque o trânsito atrapalhou, que tal admitir que não calculou bem o tempo do trajeto e que saiu em cima da hora? Identifique onde estão as maiores desculpas que você conta para si mesmo, que o impedem de ir além, e busque saídas.

3. Problemas fazem parte
Entenda, ainda, que nem sempre tudo estará a seu favor e que problemas surgirão, inevitavelmente. No entanto, a maneira como reage a eles --e não exatamente o dano que eles causam --  é o que vai delinear sua trajetória, ainda que seja um processo doloroso.

4. Ninguém é juiz
Evite julgar e criticar o outro --é melhor dar sugestões e soluções. Se não ocorrer nada interessante para acrescentar, é melhor ficar calado. Quando nos colocamos em um papel de juiz, é muito mais fácil colocar a culpa pelas situações em outras pessoas e nos eximarmos dela.

5. Tenha um plano
Por fim, saiba que a autorresponsabilidade implica não apenas em operar grandes mudanças, mas em fazê-las com equilíbrio e sensatez. Se identificou algum ponto na sua vida que gostaria de mudar, crie um plano possível de mudança e vá agindo de acordo com suas possibilidades.

Fontes: Rosane Lorena Granzotto, psicóloga clínica e membro do Conselho Federal de Psicologia, em Florianópolis (SC), Marcus Marques, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Coach (IBC), de São Paulo, e Paulo Vieira, master coach e autor do livro O Poder da Autorresponsabilidade (ed. Gente), de Fortaleza (CE).

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