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Exame de sangue pode ser novo método para diagnosticar depressão

Cientistas sugerem um exame de sangue como método para diagnosticar depressão - iStock
Cientistas sugerem um exame de sangue como método para diagnosticar depressão Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

31/07/2018 20h36

Um novo estudo, publicado no jornal científico PNAS, sugere um exame de sangue como futuro método para diagnosticar a depressão. Por enquanto o projeto ainda é só uma ideia, mas os cientistas estão otimistas.

Segundo os pesquisadores, seria possível descobrir se uma pessoa está deprimida ou não pela análise do sangue em casos resistentes ao tratamento, quadro que é caracterizado pela redução dos níveis de uma molécula específica no sangue, a chamada acetil-L-carnitina (ALC).

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Em um corpo saudável, a ALC é responsável por processos cerebrais fundamentais, trabalhando no metabolismo intermediário e impulsionando a expressão de certos genes.

Estudos anteriores sobre a molécula foram promissores e mostraram que a suplementação dietética da ALC representa um papel neuroprotetor e antidepressivo, além de ser um caminho para terapias antienvelhecimento, que podem retardar o declínio cognitivo. A suplementação de ALC também foi relacionada a melhora de sintomas depressivos em camundongos.

Na nova pesquisa, os cientistas compararam os níveis de ALC no sangue de pacientes que receberam diagnóstico de transtorno depressivo e pessoas que não tinham o transtorno.

Com os resultados, foi possível concluir que os níveis de ALC são significativamente menores em pessoas com depressão, quando comparados com pessoas sem o transtorno e pareadas por idade. Além disso, os pesquisadores descobriram que os indivíduos com níveis extremamente baixos da molécula tinham formas mais graves de depressão e eram mais propensos a desenvolver o distúrbio precocemente.

Os baixos níveis da ALC também se correlacionaram com uma história de trauma na infância e com depressão resistente ao tratamento, com uma associação particularmente forte em mulheres.

"Pesquisas adicionais em outros biomarcadores precisam ser feitas para diagnosticar com maior precisão o transtorno depressivo maior, mas o estudo nos leva a uma maneira diferente de pensar sobre os diagnósticos e tratamentos para o quadro," concluíram os autores. 

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