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Testes de sangue podem identificar se você ficará gripado. Entenda como

Existe uma maneira de prever quando vamos ficar gripados?  - iStock
Existe uma maneira de prever quando vamos ficar gripados? Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

16/06/2018 12h30

Basta a temperatura cair um pouquinho para a gripe te pegar. O corpo fica mole, o nariz escorre e não dá vontade de fazer nada. Mas será que existe uma maneira de prever quando vamos ficar gripados? De acordo com um novo estudo, a resposta pode estar próxima do sim.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram um marcador no sangue das pessoas que poderia prever se elas pegariam gripe.

A equipe descobriu que pessoas que contraíram a doença tinham níveis mais baixos de células do sistema imunológico chamadas assassinas naturais. Se os níveis dessas células no sangue estivessem acima de um certo limite, os indivíduos não pegariam a gripe.

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Além do mais, os cientistas identificaram um único gene, chamado KLRD1, que poderia servir como um representante para os níveis de células assassinas naturais de uma pessoa.

Os níveis de expressão desse elemento no sangue antes das pessoas serem expostas à gripe podem prever quem pegaria o vírus em 86%. "Até onde sabemos, [KLRD1 é] o primeiro biomarcador que mostra a susceptibilidade à influenza em várias cepas" da gripe, disse Purvesh Khatri, um dos autores do estudo.

Voluntários foram expostos à gripe

Os pesquisadores analisaram amostras de sangue coletadas de 52 pessoas que participaram anteriormente dos chamados "estudos de desafio da gripe". Os voluntários saudáveis foram expostos à gripe (variedades H1N1 ou H3N2) e monitorados para verificar se adoeciam. Suas amostras de sangue foram coletadas antes que as pessoas fossem expostas à doença.

Os cientistas usaram um algoritmo para calcular as proporções de diferentes tipos de células imunes que estavam presentes no sangue das pessoas antes de serem expostas ao vírus. Foi quando os pesquisadores descobriram que os níveis de células assassinas naturais eram baixos em pessoas que, em última instância, ficavam gripadas.

Se mais de 10% das células imunológicas de um indivíduo fossem constituídas de células assassinas naturais, elas não adoeceram; no entanto, se suas células natural ficaram aquém dos 10%, elas pegaram o vírus.

Segundo os cientistas, as descobertas podem um dia ajudar os médicos a determinar quem está em maior risco de contrair a gripe e, por sua vez, quem pode se beneficiar mais dos remédios para tratar a doença. Além disso, podem ajudar no desenvolvimento de vacinas ainda mais eficazes contra o vírus.

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